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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

31/08 - Frase do dia

Tudo quanto cerca o ser humano, de certo modo  resulta da sua afinidade mental, sendo ele também o co-criador, graças às edificações que opera  pela incessante emissão de força psíquica.

Da obra Dias Gloriosos
Pelo espírito Joanna de Ângelis. Divaldo P. Franco

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

30/08 - Frase do dia

No serviço cristão, lembre-se cada aprendiz de que não foi chamado a repousar, mas à peleja árdua, em que a demonstração do esforço individual é imperativo divino.

Da obra Palavras de Emmanuel
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Carne: comer ou não comer? eis a questão

Diante desse dilema, é fundamental uma atitude de consciência espírita, mas também de bom senso, sem extremismos e fanatismos, conforme a orientação segura de Emmanuel.


Um dos temas mais polêmicos debatidos pelo movimento espírita diz respeito à questão da alimentação carnívora. Afinal de contas, o Espiritismo é contra ou a favor da utilização da carne como alimento?!

A questão é complexa e pede substanciais pré-requisitos doutrinários. Os confradesque  defendem  o  consumo  de carne se baseiam fundamentalmente em “O Livro dos Espíritos”, sobretudo nas questões 722 e 723. De fato, em conformidade com a tradução do professor J. Herculano Pires, estas questões registram o seguinte “diálogo” entre Allan Kardec e a Falange do Espírito de Verdade:

“722. A abstenção de certos alimentos, prescrita entre diversos povos, funda-se na razão?
R. Tudo aquilo de que o homem se possa alimentar, sem prejuízo para a sua saúde, é permitido...”.

“723. A alimentação animal, para o homem, é contrária à lei natural?
R. Na vossa constituição física, a carne nutre a carne, pois do contrário o homem perece. A lei de conservação impõe ao homem o dever de conservar as suas energias e a sua saúde para poder cumprir a lei do trabalho. Ele deve alimentar-se, portanto, segundo o exige a sua organização.”

Entretanto, ao contrário das colocações mais sutis exaradas em “O Livro dos Espíritos”, Emmanuel em “O Consolador” apresenta opinião bem categórica quando aborda o tema na Questão 129:

“129. É um erro alimentar-se o homem com a carne dos irracionais?
R. A ingestão das vísceras dos animais é um erro de enormes conseqüências, do qual derivaram numerosos vícios da nutrição humana. É de lastimar semelhante situação, mesmo porque, se o estado de materialidade da criatura exige a cooperação de determinadas vitaminas, esses valores nutritivos podem ser encontrados nos produtos de origem vegetal, sem a necessidade absoluta dos matadouros e frigoríficos.  

Temos de considerar, porém, a máquina econômica do interesse e da harmonia coletiva, na qual tantos operários fabricam o seu pão cotidiano. Suas peças não podem ser destituídas de um dia para o outro, sem perigos graves. Consolemo-nos com a visão do porvir, sendo justo trabalharmos, dedicadamente, pelo advento dos tempos novos em que os homens terrestres poderão dispensar da alimentação os despojos sangrentos de seus irmãos inferiores.”

Portanto, Emmanuel afirma peremptoriamente que “a ingestão das vísceras dos animais é um erro de enormes conseqüências”, mas admite que naquele momento histórico em que a obra “O Consolador veio a lume (prefácio de 8 de março de 1940) não seria aconselhável e tampouco exeqüível, em função de motivos sócio-econômicos e dos próprios condicionamentos muito arraigados, uma mudança brusca de hábito alimentar.

Muitos poderão argumentar que o próprio Emmanuel recomendou a Chico Xavier que entre as opiniões dele e aquelas de Allan Kardec e da codificação, que ele escolhesse a base doutrinária do Espiritismo. Todavia, a problemática em questão não é tão trivial. Realmente, Emmanuel não está sozinho neste posicionamento.  

A frase “A carne nutre a carne” é uma
sentença interessante
 

André Luiz em “Os Mensageiros” (Capítulo 41, intitulado “Entre Árvores” e Capítulo 42, denominado “Evangelho no Ambiente Rural”) e “Missionários da Luz” (Capítulo 11, intitulado “Intercessão), assim como Humberto de Campos em várias de suas obras deixam evidentes seus posicionamentos contrários ao uso da carne como recurso alimentar. Para esses autores, o indivíduo consciente espiritualmente deveria, no mínimo, diminuir o consumo de carne. É interessante lembrar que “Missionários da Luz” é considerado um dos 10 mais importantes livros espíritas do século XX em pesquisa recentemente divulgada que considerou a opinião de expoentes do movimento doutrinário contemporâneo.

Em princípio, nós teríamos um impasse doutrinário, uma vez que o critério kardequiano da “Universalidade do Ensino dos Espíritos” nos ensina que os Espíritos evoluídos, com missão de relevo na iluminação espiritual das criaturas, ao transmitirem suas informações através de médiuns indiscutivelmente elevados moralmente e preparados para o mediunato, como é o caso em tela, não poderiam jamais divergir tão drasticamente em questões objetivas e relevantes como, por exemplo, o consumo alimentar da carne. Contudo, o assunto é delicado e qualquer abordagem superficial pode gerar graves equívocos na busca pela Verdade.

Analisemos, primeiramente, as questões supracitadas de “O Livro dos Espíritos”. A famosa frase “A carne nutre a carne” (L.E. 723) é uma sentença interessante, porém pouco explicativa quanto ao sentido moral da problemática em questão. Realmente, essa resposta aparentemente “simplista” enunciada pela “Falange do Espírito de Verdade” está focada, principalmente, no problema nutricional da ingestão carnívora e não na temática moral, que é o grande tópico da discussão doutrinária. Em outras palavras, nós poderíamos inferir que a questão formulada nas entrelinhas por Allan Kardec diz respeito muito mais ao aspecto moral do ato de matar animais para comer suas vísceras do que aos fatores positivos e negativos que a carne representaria para o ser humano sob o ponto de vista nutricional.

Desta forma, ao estudar esse intrincado tópico, temos que admitir duas hipóteses. Ou a fome no mundo é tamanha que, nestas condições, justificaria a alimentação carnívora como um mal menor ou os Espíritos, inteligentemente, não acharam conveniente fornecer uma resposta definitiva a essa questão em um momento histórico em que certamente o ser humano não estava preparado para uma orientação contra o hábito carnívoro. Aparentemente, esses dois fatores devem ter pesado para que os Espíritos se abstivessem de maiores explicações quanto a esse tópico.

Realmente, a pergunta anterior de “O Livro dos Espíritos” (L.E. 722) é bastante interessante em função de sua sutileza e também deve ser considerada na presente análise, pois os “Espíritos da Codificação” respondem que “Tudo aquilo de que o homem se possa alimentar, sem prejuízo para a sua saúde, é permitido...”.  

A obesidade tem nas gorduras de origem animal
uma de suas principais causas
 

Ora, com os atuais conhecimentos oriundos de sérias pesquisas desenvolvidas por médicos, nutricionistas e profissionais de várias áreas interdisciplinares, está bem estabelecido que a alimentação carnívora, especialmente em se tratando de carne vermelha (carne de mamíferos), tem sido considerada um dos principais fatores responsáveis por um número incontável de doenças e óbitos, destacando-se aí as enfermidades cardiovasculares  e cerebrovasculares e diversos tipos de câncer, tais como o câncer de intestino. Isso sem mencionar a obesidade, muitas vezes mórbida, que se tornou um gravíssimo problema de saúde pública em todo mundo. De fato, a obesidade tem nas gorduras de origem animal um de seus principais fatores causais. Assim sendo, à luz dos novos conhecimentos da ciência, a carne não é tão saudável como poderiam supor as gerações anteriores. Logo, se carne não é algo tão saudável, paradigma que vicejou durante muito tempo, mas que não seria tão correto assim, a compreensão da resposta “Tudo aquilo de que o homem se possa alimentar, sem prejuízo para a sua saúde, é permitido...” seria completamente diferenciada. A título de ilustração é interessante lembrar que algumas gerações passadas consideravam o indivíduo gordo, especialmente na fase infantil, alguém “forte”, saudável e a pessoa magra, um cidadão fraco e necessariamente desnutrido. Na década de 80 ficou famosa a canção infantil, cujo refrão era “Comer, comer! Comer, comer! É o melhor para poder crescer!”. Ora, haja vista os níveis alarmantes da chamada “obesidade infantil”, à luz dos novos conhecimentos científicos, nós podemos afirmar que, nos dias atuais, tal música seria científica e politicamente incorreta, para dizer o mínimo!

Neste contexto, é fundamental citar um texto extraordinariamente claro e objetivo exarado na Revista Espírita (Revue Spirite) de dezembro de 1863. Aliás, este artigo é exatamente o último texto da referida publicação no mês de dezembro do ano de 1863. Esta mensagem é intitulada “Sobre a alimentação do homem”, sendo “assinada” pelo espírito Lamennais, que, como nós sabemos, desempenhou função relevante na codificação, contribuindo com várias mensagens na Codificação. Nela, nós encontramos um trecho que o referido Mentor afirma: “Os temperamentos naturalmente bastante fortes para viverem como os anacoretas fazem bem, porque o esquecimento da carne conduz mais facilmente à meditação e à prece. Mas para viver assim, seriam preciso geralmente uma natureza mais espiritualizada do que a vossa...”. Ora, este texto tem, obviamente, a chancela de Allan Kardec. Portanto, o “Codificador” estava ciente da opinião dos Mentores, mas certamente aquele que foi chamado por Camille Flammarion de “O Bom senso encarnado” não ignorava que, definitivamente, 1863 não representava um momento adequado para uma discussão mais efusiva sobre esse assunto, sob pena da divulgação doutrinária como um todo ser comprometida pela ridicularização através dos ataques dos vários adversários do movimento nascente.

Vale lembrar que a primeira edição de “O Livro dos Espíritos” (L.E.) antecede os trabalhos revolucionários de Charles Darwin e Alfred Russel Wallace sobre a evolução das espécies e a seleção natural. Realmente, “A Origem das Espécies” foi duramente combatida pela ortodoxia religiosa da época, interpretando literalmente o “Velho Testamento”, não admitia nenhum tipo de “parentesco” entre o homem e os animais, ignorando que todos os seres sencientes, e não só o ser humano, “foram criados à imagem e semelhança de Deus”. Por conseguinte, “abraçar essa bandeira ideológica” antes do momento histórico apropriado, em que o Espírito humano estivesse preparado para essas verdades divinas, seria condenar os livros espíritas a numerosos episódios semelhantes ao famigerado “Auto-de-fé de Barcelona”. 

Cada inteligência, diz Clarêncio, só recebe da verdade
a porção que pode reter
 

Além disso, a título de ilustração vale registrar que a publicação da primeira edição de “O Livro dos Espíritos” (L.E.) ocorreu mais de 31 anos antes da abolição da escravatura no Brasil (O Coração do Mundo e a Pátria do Evangelho)! Se lembrarmos do Holocausto efetuado pelos Nazistas no início da década de 40, do mais recente regime denominado “Apartheid” na África do Sul ou mesmo dos problemas raciais norte-americanos, sobretudo na década de 60, mas que permanecem até hoje, seria o caso de se perguntar: O ser humano que até hoje discrimina e, às vezes, escraviza e tortura o próprio ser humano aceitaria uma mensagem de fraternidade que incluísse nossos irmãos animais há 151 anos atrás?! Infelizmente, a resposta é não! E, obviamente, a “Falange do Espírito da Verdade” sabia dessa realidade!

Importante lembrar que o próprio L.E. afirma que “luz demais ofusca ao invés de iluminar”. O próprio “O Livro dos Médiuns” (L.M.) explica que muitas vezes os Espíritos superiores tentam contornar nossos preconceitos para nos fornecer informações válidas à nossa evolução. Isso fica evidente, por exemplo, quando André Luiz, na companhia de Hilário e do Ministro Clarêncio, encontra uma freira no capítulo 34 intitulado “Em Tarefa de Socorro”, da obra “Entre a Terra e o Céu”. André Luiz e Hilário se surpreenderam pelo fato dela continuar católica no mundo espiritual e o Ministro Clarêncio esclarece que “cada inteligência só recebe da verdade a porção que pode reter”. Logo, uma vez mais, nos é ensinado que não há violência no processo educacional da evolução do espírito imortal e o que vale para os indivíduos, vale para as coletividades. Se a chamada “verdade” for mais perturbadora do que “libertadora”, os mentores sábios e amorosos preferem esperar que amadureçamos um pouco mais, antes de nos fornecerem informações adicionais. O próprio Jesus “prometeu o Consolador”, justificando que tinha muito mais para dizer, mas que, naquela ocasião “nós não podíamos suportar” mais informações.

Este estudo nos relembra que a “Codificação” não disse a primeira e nem a última palavra. De fato, a “Doutrina Espírita” começa com “O Livro dos Espíritos”, mas, obviamente, não termina com ele. O Espiritismo evolve e Kardec foi o primeiro a defender essa atitude de crítica e auto-crítica por parte dos espíritas para uma verdadeira busca pelo conhecimento das Leis de Deus. Ademais, os Espíritos Superiores não poderiam se contradizer na Revista Espírita, que não deixa de ser parte integrante da Codificação, conforme nos ensina Divaldo Pereira Franco. O problema da carne demonstra eloqüentemente a nossa imperiosa necessidade de estudar “O Livro dos Espíritos”, o que é bem diferente de apenas decorar suas questões sem uma maior análise.

Obras notáveis como “A Evolução Anímica” de Gabriel Delanne, “Gênese da Alma” de Cairbar Schutel , “O problema do Ser, do Destino e da Dor” de Leon Denis, “Evolução em Dois Mundos” de André Luiz, entre outros, não deixam margem para dúvidas no que se refere à necessidade do sentimento de fraternidade dever incluir também os animais, uma vez que eles são nossos “irmãos caçulas”. Além dessas monumentais obras, não podemos esquecer da extraordinária obra da Professora Irvênia Prada “A Questão Espiritual dos Animais”, profundamente fundamentada na obra de Allan Kardec. Realmente, estes ilustres autores espíritas de maneira nenhuma estão em oposição ao “Livro dos Espíritos” que apresenta o belíssimo e contundente ensino: “O átomo será anjo, assim como o anjo já foi átomo”. 

O consumo de carne, ao invés de diminuir, aumenta
a fome no mundo
 

Importa, igualmente, citar a contribuição do filósofo e ecologista australiano Peter Singer, que apesar de materialista, afirma que assim como hoje nos envergonhamos dos séculos e séculos de racismo e escravidão humana, chegará o dia em que teremos remorso por nossas atitudes típicas de um “Especismo”, isto é, uma discriminação não mais de raça, mas de espécie. Singer afirma que maltratar os animais sob o subterfúgio da maior inteligência seria uma forma de indiretamente justificar assassinatos de crianças e adultos com problemas mentais, que foi um comportamento ultrajante desenvolvido pelos nazistas no final da primeira metade do século XX. Além disso, Peter Singer, assim como um número incontável de pesquisadores e ecologistas têm apontado a criação de animais para o abate, principalmente os bovinos, como uma das atividades de maior impacto ambiental, destruindo florestas, diminuindo a fertilidade do solo, liberando gás metano (o que contribui para o aumento do efeito estufa) e consumindo uma quantidade altíssima de recursos vegetais (em média, para um boi gerar um quilo de carne ele deve consumir 10 quilos de vegetais, o que demonstra que o consumo de carne, especialmente vermelha, ao invés de diminuir, aumenta a fome no mundo). Estas informações são extremamente sugestivas se lembrarmos que as famosas Questões 722 e 723 de L.E., estão inseridas no capítulo intitulado “Lei de Conservação”, o que claramente inclui a necessidade de conservação do planeta, que proporciona a vida dos corpos físicos! Ademais, vale a reflexão: Se até um autor materialista tem tamanha consideração pelos animais, como deveria ser a atitude dos discípulos de Jesus, vinculados ao “Consolador” prometido pelo mestre?!

Muitos espíritas que comem carne defendem esse hábito simplesmente para desenvolver uma falsa tentativa de se justificarem perante a sociedade e, principalmente, frente à própria consciência, pois não conseguem deixar de praticar tal atitude. Ora, essa postura não corresponde de maneira nenhuma a uma atitude de consciência espírita, fundamentada na fé raciocinada. Seria o mesmo que um assassino que se considerasse cristão começasse a pregar o assassinato como nova “interpretação” evangélica somente para justificar o seu procedimento. Um médico que fume ou beba vai ensinar que tal hábito é bom para a saúde?! Uma mãe que cometeu aborto vai pregar que isso é certo segundo o Evangelho e o Espiritismo para tentar inutilmente se enganar?! A conscientização do certo e do errado é o primeiro passo, o arrependimento vem em seguida e uma atitude dinâmica de amor, “que cobre a multidão de pecados”, é a postura que se espera daquele que “conheceu a Verdade para que a Verdade o liberte” dos erros!

Resta, então, saber: O que fazer?!

É fundamental uma atitude de consciência espírita, mas também de bom senso, sem extremismos e fanatismos, conforme a orientação segura de Emmanuel em “O Consolador”. “Conhecer a Verdade” é o primeiro passo para que ela “nos liberte” de equívocos arraigados em séculos de atitudes viciosas. Todavia, essa “libertação” requer tempo, paciência, disciplina e condicionamento lento e gradual. Assim sendo, nossa proposta deveria ser, a princípio, diminuir o consumo de carne, planejando com educação e trabalho um futuro, talvez próximo, em que trataremos nossos irmãozinhos conforme Jesus nos recomenda, ou seja, com amor. 

Leonardo Marmo Moreira

29/08 - Frase do dia

É justamente pelas sucessivas reencarnações que são ensejados a maioria dos reencontros.

Da obra Almas em Chamas
Pelo espírito Josué. Eurípedes Kühl

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Problemas familiares


É comentário frequente no momento atual em que a Terra se transforma, a dificuldade enfrentada pelas famílias para o cumprimento da sua tarefa educativa.
Discute-se como a sociedade pode frear a violência juvenil e o mergulho de famílias inteiras no drama das drogas e da criminalidade.
A Doutrina Espírita explica-nos as causas desses sofrimentos e indica-nos caminhos a seguir para superarmos os problemas atuais com êxito e equilíbrio.
A página ditada pelo espírita Joanna de Ângelis, Desajustes na Família, elucida vários pontos sobre essa temática.
775 .  Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família?“Uma recrudescência do egoísmo.” (*)
A família é instituição social e humana comprometida com a realidade do Espírito, por constituir-se elemento primacial na construção do grupo que a compõe.
Organizada para o ministério de intercâmbio dos valores afetivos, é educandário e oficina onde se desenvolvem os valores éticos e espirituais do ser humano com vistas ao futuro eterno dos membros que a constituem.
Iniciada mediante a união dos sentimentos que vinculam os cônjuges um ao outro, abre-se enriquecedora para a prole, que passa a representar um investimento-luz de relevante significado em prol da felicidade dos pais e dos seus descendentes.
A sua preservação é de vital importância para o desenvolvimento moral da sociedade, que nela se apoia e a transforma em alicerce para a preservação das suas conquistas com o crescimento de outros valores.
Mesmo entre os animais selvagens o grupo familiar é de significativa importância, cabendo aos pais, por instinto, o  sustento da prole e sua preservação até quando essa se encontra em condições de sobreviver utilizando os próprios recursos.
Na família, caldeiam-se os elementos constitutivos do Espírito em processo de crescimento moral, ampliando-lhe a capacidade de evolução ao tempo que lhe retifica equívocos e lhe aprimora sentimentos.
Todos aqueles que formam o clã estão, de alguma forma, vinculados entre si pelos fortes laços de experiências transatas. Acontece, às vezes, iniciarem-se experiências novas com vistas ao programa da fraternidade universal. No entanto, conforme o comportamento durante a vivência, estabelecem-se futuros programas de intercâmbio iluminativo e de capacitação para os desafios do processo de sublimação.
Por isso, nem sempre os membros que conformam a família são harmônicos, apresentando desalinhos de conduta, agressividade, animosidade, insegurança, rebeldia, ódio acirrado… Nesses casos, identificamos adversários que se enfrentam mediante nova e abençoada oportunidade, nos tecidos biológicos do mesmo grupo, a fim de retificarem os erros, aprenderem compreensão e tolerância,
reformularem conceitos sobre a vida.
Igualmente, quando o afeto esplende em todos os membros e a legítima amizade os irmana, acompanhamos o desdobramento de bases afetivas anteriormente estabelecidas, ampliando o campo de realizações para o futuro.
A sociedade é resultado do grupo familiar que se lhe torna célula essencial para a formação do conjunto, produzindo o coletivo conforme as estruturas individuais.
Por isso mesmo, quando a família se desestrutura sociedade soçobra.
Sem homens de boa formação moral e de caráter diamantino não é possível  a existência de cidadãos equilibrados e dignos.
É, portanto, no lar, que se corrigem as arestas morais do pretérito,
despertam-se sentimentos elevados que se encontram adormecidos, criam-se hábitos saudáveis e dignificantes. Sem um lar bem estruturado o conjunto social dissolve-se, formando grupelhos de atormentados e prepotentes ou desleixados e destituídos de ideais que fomentam o desar da Humanidade.
* * *
A imaturidade psicológica de homens e mulheres que procriam sem responsabilidade é fator causal que prepondera no desequilíbrio que assusta a sociedade dos dias atuais.
Mais preocupados em fruir prazer do que assumir responsabilidades, os indivíduos, não equipados de compreensão dos deveres, transitam pelos conúbios sexuais sem identificar-lhes a relevante significação de mero reprodutor da espécie com altas responsabilidades para os seus promotores.
Unem-se, uns aos outros, mais atraídos pela ilusão da carne sedutora do que pelos sentimentos que sustentam a afetividade e trabalham pela alegria de participar de uma existência saudável ao lado de outrem.
Quando os filhos nascem, ultrapassados os momentos de encanto e de promessas emocionais, consideram-nos impedimento para mais prazeres e gozos, ou têm-nos na conta de pesados ônus financeiro, enquanto que, por outro lado, se permitem o esbanjamento nos jogos da alucinação em que se comprazem.
Noutras vezes, a simples constatação da gravidez desencadeia reações asselvajadas que os levam ao aborto criminoso, em tentativa infeliz de fugir à responsabilidade e ao compromisso espontaneamente estabelecido.
Como educandário, no entanto, o lar representa um verdadeiro núcleo de formação da personalidade mediante os hábitos que se implantam no comportamento daqueles que aí se encontram. Pais agressivos ou negligentes, vulgares ou indisciplinados, emocionalmente inseguros ou rebeldes, tornam-se modelos nos
quais os filhos formulam conceitos equivocados sobre a sociedade. Nesse clima de irresponsabilidade e conflitos, desenvolvem-se nos educandos os sentimentos de animosidade e suspeita contra todos os demais indivíduos, que passam a refletir as imagens domésticas, ameaçadoras ou punitivas, atormentadas ou insensíveis, de que foram vítimas.
Quando, porém, os hábitos salutares são vivenciados pelos genitores, criam-se raízes de respeito e admiração entre todos, transferindo-se esses comportamentos para a sociedade na qual deverão viver.
Na sua feição de oficina, as ações são mais valiosas do que os discursos de efeito aparente, quando são propostos conselhos e orientações em momentos emocionais inoportunos, porque somente por meio do trabalho bem direcionado em relação ao caráter e aos sentimentos é que se fundem os significados
psicológicos e morais de profundidade.
O mais eficiente método, portanto, de educação, é aquele que se associa ao exemplo, que demonstra a sua eficácia e significação na conduta do preceptor.
Os pais, em consequência, não se poderão evadir da  responsabilidade para com a prole, sendo os esteios de sustentação da família ou a areia movediça sobre a qual erguem os frágeis ideais de convivência.
O ser humano é animal biopsicossocial que não se pode desenvolver de maneira eficiente sem a convivência com outrem da sua e de outras espécies.
Os relacionamentos emocionais e espirituais constituem-lhe fonte de inspiração e de equilíbrio para uma existência feliz.
A família é-lhe o primeiro contato com o mundo, que passará a significar o que aprende entre os seus, exteriorizando o resultado da convivência. A sua desagregação leva o indivíduo a uma recrudescência do egoísmo.
Célula fecunda de desenvolvimento dos valores eternos, os desajustes, por acaso existentes no lar, resultado de sementeiras de sombras no passado, devem ser superados pelas lições poderosas do amor e da solidariedade, construindo laços de verdadeira união que estruturarão os grupos sociais de maneira equilibrada
para a convivência ditosa entre todos os irmãos em humanidade.
(* Questão de O Livro dos Espíritos)
Retirado da obra: Lições de Felicidade.  Pelo espírito Joanna de Ângelis. Psicografia Divaldo P. Franco. Editora LEAL. Salvador – BA.

28/08 - Frase do dia

Uma encarnação é como um dia de trabalho. E para que as experiências se façam acompanhar de resultados positivos e proveitosos na vida, faz-se indispensável que os dias de observação e de esforço se sucedam uns aos outros.

Da obra Palavras de Emmanuel
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Biografia - Chico Xavier

Francisco Cândido Xavier, mais conhecido por Chico Xavier, é considerado o médium do século e o maior psicógrafo de todos os tempos.

Nasceu em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, em 02 de Abril de 1910, era filho de um operário pobre e inculto, João Cândido Xavier, e de uma lavadeira chamada Maria João de Deus, falecida em 1915, quando Chico tinha  apenas cinco anos de idade.

Passando por dificuldades seu pai entregou alguns de seus nove filhos aos cuidados de amigos e parentes, ficando Chico Xavier aos cuidados de sua madrinha.

Ainda menino aprendeu a se manter calmo e calado em momentos de sofrimento, pois sofria constantes maus-tratos de sua madrinha, e era nestes momentos que se dirigia ao quintal da casa a fim de reencontrar sua mãe, a qual ele sempre via e escutava após fazer orações.

Algum tempo depois seu pai se casou novamente com uma mulher boa e caridosa. Ainda em dificuldade sua madrasta iniciou uma horta em casa para ajudar no sustento da família, e tão logo começaram a vender os legumes Chico Xavier voltou a freqüentar a escola em 1919.

Passado os problemas, Chico não via mais sua mãe com tanta freqüência, mas começou a ter sonhos e se levantava durante a noite para falar com pessoas invisíveis, e pela manhã contava histórias de pessoas que já haviam morrido. Sem que conseguisse compreender, seu pai o levou até um vigário, que disse que um demônio estava perturbando o menino.

Ao conversar com sua mãe, triste por não ser compreendido por ninguém, escutou dela que precisava modificar seus pensamentos, que não deveria ser uma criança indisciplinada, para não ganhar antipatia dos outros. Deveria aprender a se calar e que, quando se lembrasse de alguma lição ou experiência recebida em sonho, que ficasse em silêncio.

Assim, durante sete anos consecutivos, de 1920 a 1927, ele não teve mais qualquer contato com sua mãe. Seguia a religião católica participando dos ritos. Em 1923 concluiu o ensino primário, e começou a trabalhar numa fábrica. Em 1925 deixou a fábrica, empregando-se na venda do Sr. José Felizardo Sobrinho.

Os sonhos continuavam e logo depois de dormir entrava em transe profundo. Porém, em maio de 1927, sua irmã ficou doente e um casal de espíritas reunidos com familiares da doente realizou a primeira sessão espírita no lar dos Xavier. Na mesa, dois livros: "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e o "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec. Pela mediunidade de D. Carmem, sua mãe manifestou-se: "Meu filho, eis que nos achamos juntos novamente. Os livros à nossa frente são dois tesouros de luz. Estude-os, cumpra com seus deveres e, em breve, a bondade divina nos permitirá mostrar a você seus novos caminhos."


Em junho do mesmo ano foi cogitada a fundação de um núcleo doutrinário. E no final de 1927 foi fundado o Centro Espírita Luiz Gonzaga, sediado na residência de José Cândido Xavier onde as reuniões se realizavam as segundas e sextas-feiras.


No dia 08 de julho de 1927, Chico Xavier fez a primeira atuação no serviço mediúnico em público, e em 1931, passou a receber as primeiras poesias de "Parnaso de Além - Túmulo", que foi lançado em julho de 1932.

Em 1931, manifesta-se pela primeira vez o venerando espírito Emmanuel que foi o seu protetor espiritual. Entre as várias obras mediúnicas enviadas por Emmanuel, destacam-se cinco romances baseados em fatos verídicos: “Há 2.000 anos...”, “50 anos depois”, “Ave Cristo”, “Renúncia” e “Paulo e Estevão”.

Em 1938, é publicado o profético e discutido "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", de autoria do Espírito Humberto de Campos.

Em 1943, surge uma nova entidade espiritual, assinando suas obras com o pseudônimo de André Luiz, responsável por uma magnífica coleção de onze livros, iniciada com a obra “Nosso Lar”.

Em parceria com o também médium Waldo Vieira, psicografou dezessete obras.
Além da psicografia, também exerceu mediunidade de psicofonia, vidência, audiência, receitista, entre outras práticas.

Em 5 de janeiro de 1959, por motivos de saúde e sob orientação médica e dos Benfeitores Espirituais, Chico Xavier foi residir em Uberaba – MG, onde prosseguiu as atividades mediúnicas em reuniões públicas na Comunhão Espírita Cristã.

Foi nesta mesma época que teve início também à famosa peregrinação aos sábados. Quando o bondoso médium, saindo da "Comunhão Espírita-Cristã", visitava alguns lares carentes, levando-lhes a alegria de sua presença amiga, acompanhado por grande número de pessoas.

Seu trabalho sempre consistiu na divulgação doutrinária e em tarefas assistenciais, aliadas ao evangélico serviço do esclarecimento e reconforto pessoais aos que o procuravam.

Em quase setenta e cinco anos de mediunato, Chico Xavier foi intermediário de cerca de 412 livros, sendo que os direitos autorais dessas publicações sempre foram cedidos gratuitamente, às editoras espíritas ou a entidades assistenciais.

Quanto à fortuna material, ele continuou tão pobre quanto era. Chico era um homem aposentado e recebia somente os proventos de sua aposentadoria. Mas, sem dúvida, do ponto de vista espiritual, Chico Xavier era a cada dia um homem mais rico, pois multiplicou os talentos que o Senhor lhe confiou, através de seu trabalho, de sua perseverança e de sua humildade em serviço.

Mesmo com a saúde debilitada, Chico Xavier prosseguiu na sua condição de um autêntico missionário de Jesus, continuando a comparecer às reuniões do Grupo Espírita da Prece, até que no dia 30 de junho de 2002, em Uberaba, Minas Gerais, Chico Xavier desencarnou.

27/08 - Frase do dia


O Universo é resultado da Mente divina  que não cessa de agir positivamente. 

Da obra Dias Gloriosos
Pelo espírito Joanna de Ângelis. Divaldo P. Franco

domingo, 26 de agosto de 2012

26/08 - Frase do dia

Os Espíritos são criados simples e ignorantes, mas dotados de aptidões para tudo conhecerem e para progredirem, em virtude do seu livre-arbítrio.

De O Céu E O Inferno

Palestra O Sentido da Vida - Angélica Maia


sábado, 25 de agosto de 2012

25/08 - Frase do dia

Cada aprendiz há de ser uma página viva do livro que Jesus está escrevendo com o material evolutivo da Terra. O discípulo gravará o Evangelho na própria existência ou então se preparara ao recomeço do aprendizado, porquanto, sem fixar em si mesmo a luz da lição, debalde terá crido.

Da obra Palavras de Emmanuel
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

24/08 - Frase do dia

(...) cada dia, proclamamos com as nossas ideias, atitudes, palavras e atos: - “Faça-se o destino!” E a vida nos traz aquilo que dela reclamamos.

Da obra Roteiro
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Aniversário CECAPAZ


23/08 - Frase do dia

Aproveita o ensejo de ser útil, com a inteligência de quem sabe que é preciso plantar hoje para colher amanhã.

Da obra Estude e Viva
Pelos espíritos Emmanuel e André Luiz. Francisco C. Xavier

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Seminário E a Vida Continua...

Encerrando as atividades do Mês de Aniversário do CECAPAZ, acontacerá sábado agora, dia 25/08/12, as 14h o Seminário "E a Vida Continua" com Leonardo Marmo.

Participem!!!


20 Ensinamentos Sobre o Centro Espírita


            O Centro Espírita é a sede principal do Movimento Espírita. Por sua vez, o Movimento Espírita é a manifestação social viva da busca fraterna de todos nós pela Doutrina Espírita. Apesar de o Movimento Espírita estar sujeito a falhas que não correspondem ao Espiritismo, é fundamental que todos os Espíritas sinceros valorizem a tarefa da Casa Espírita, reconhecendo no Centro Espírita um núcleo onde a verdadeira “Comunhão Espiritual” pode acontecer através das inúmeras atividades da Instituição Espiritista. Para que nós, espíritas, possamos contribuir para o bom funcionamento e crescimento das tarefas do Centro Espírita, é fundamental que façamos algumas reflexões sobre importantes informações a respeito desse Lar de Jesus:
                       
1)      “O Centro Espírita é a Universidade da Alma”. Essa frase atribuída ao Espírito do Doutor Bezerra de Menezes e estudada com grande eloqüência por relevantes oradores espíritas como J. Raul Teixeira denota que a função primordial da Casa Espírita é a Educação. Entendamos que Educação, nesse contexto, é algo bastante amplo, em especial ênfase sobre os valores ético-morais do indivíduo. De qualquer maneira, como diria o próprio Raul Teixeira, esse amplo trabalho educacional começa e termina com a tarefa de “ensinar Espiritismo!”.
2)      O Centro Espírita é a sede da “Maior Revolução da Humanidade”. Essa análise do Professor J. Herculano Pires reforça que a verdadeira revolução somente poderá ser obtida através da transformação espiritual do homem para melhor. É a chamada “Revolução silenciosa” ou “Revolução interna”. Sistematicamente ensinando o homem a viver melhor, o Centro Espírita interfere direta e indiretamente na sociedade, fomentando ideais superiores e noções espirituais da vida.
3)      O Centro Espírita é “Hospital, Escola e Oficina”. Essa reflexão, elaborada por alguns ilustres confrades, tais como Richard Simoneti, representa alguns papéis da Casa Espírita. De fato, um indivíduo pode chegar, em um primeiro momento, ao Centro Espírita, necessitado de amparo espiritual ou até mesmo físico-espiritual. Concomitantemente ao tratamento espiritual, começa a se instruir nessa escola bendita sobre questões complexas envolvendo o sentido mais profundo da vida física. E, eventual e livremente, pode decidir participar ativamente desse trabalho a fim de aprofundar e ampliar suas próprias conquistas, disponibilizando-as também a outros irmãos igualmente necessitados que adentrarem as portas do Centro Espírita.
4)      “Onde houverem dois ou mais reunidos em Meu Nome, aí Eu estarei”. A Célebre frase de nosso Mestre Jesus demonstra que a instituição religiosa, seja ela de qual denominação for, só atingirá os objetivos maiores a que foi destinada pela Providência Divina se estiver profundamente vinculada com a fraternidade legítima. Somente indivíduos que vibrem valores elevados poderão fornecer a uma construção física os valores legítimos de um verdadeiro “Lar de Jesus”. O Centro Espírita, eliminando uma série de artifícios materiais e ilusórios para a manifestação da fé, tem grande potencial para a busca de uma verdadeira religiosidade. Entretanto, essas preliminares vantagens não garantem a qualidade espiritual do trabalho se o grupo reunido não estiver harmoniosamente conectado com um verdadeiro ideal de espiritualidade.
5)      O Centro Espírita deve manter equilíbrio entre os pilares científico, filosófico e religioso. De fato, a própria origem da expressão “Centro Espírita” é até hoje motivo de debates em relação ao seu surgimento histórico, sendo que muitos atribuem sua origem à atuação de Doutor Bezerra de Menezes e seu papel conciliador no movimento espírita brasileiro do fim do século XIX. Em um movimento dividido por visões doutrinárias distintas, a idéia de “Centro” sugeriria a busca sincera pela Verdade através de uma atitude de bom senso e de compreensão com aqueles que, eventualmente, possam ter um ponto de vista ou outro ligeiramente diferenciado da interpretação mais ortodoxa da Doutrina. Outrossim, a expressão reforça o meio-termo entre as tendências mais científicas e/ou mais filosóficas e/ou mais religiosas dos grupos espíritas. Buscando sempre respeitar as bases Kardequianas, a Casa Espírita deveria estar preparada para estudar a doutrina, estudando-se continuamente, a fim de que eventuais desvios do percurso mais coerente com Allan Kardec pudessem ser corrigidos pelos próprios confrades do núcleo em questão.
6)      “Dai de graça o que de graça recebestes”. O Centro Espírita é instituição de acesso totalmente gratuito! Esse tópico, indiscutivelmente, é um dos pontos de honra da Casa Espírita. O desrespeito a esse Ensinamento, além de desvalorizar quaisquer atividades do ponto de vista moral, elimina delas o rótulo de “Espírita”. Além disso, os dirigentes devem evitar solicitar com freqüência doações de caráter material durante as reuniões públicas para não constranger os freqüentadores. Independentemente do nível econômico da assembléia reunida, não devemos fazer os adeptos sentirem-se pressionados a ajudar materialmente.
7)      Palestrantes devem assistir palestras. O trabalhador espírita não se torna jamais um espírita profissional. Desta forma, devemos ter cuidado para não repetir na Casa Espírita os equívocos cometidos historicamente por outras denominações. Os palestrantes que assistem palestras melhoram o seu próprio conteúdo doutrinário e favorecem um troca sadia de informações que elevará o nível de todo o grupo espírita. Além disso, os trabalhadores devem buscar ser atuantes na suas respectivas esferas de trabalho, tentando, sempre que possível, contribuir minimamente com as demais atividades do Centro Espírita.
8)      Todos os setores do Centro Espírita devem ser valorizados. Assim, devemos apoiar os diferentes tipos de reunião doutrinária, sabendo que todas são muito úteis do ponto de vista educacional para trabalhadores e freqüentadores. Tanto palestras como grupos de estudos, por exemplo, atingem metas pedagógicas e espirituais amplas e valiosas, podendo enriquecer a encarnados e desencarnados. Assim, respeitando as características dos confrades de cada Casa Espírita e as eventuais limitações de cada trabalhador no que se refere a diversos fatores, como, por exemplo, a disponibilidade de tempo, todos os setores do Centro Espírita devem ser reconhecidos como altamente relevantes para atingirmos o objetivo final da Casa Espírita que é sempre o mesmo: Ensinar Espiritismo, melhorar a nós mesmos, auxiliar aos irmãos em suas necessidades, exercitando a fraternidade e a capacidade de trabalharmos em equipe.
9)      As Reuniões Mediúnicas são Privativas. Sem tal critério, jamais o intercâmbio mediúnico adquirirá a qualidade necessária para um trabalho de maior valor espiritual. Ademais, riscos inerentes ao trabalho mediúnico serão potencializados e todos os envolvidos no projeto serão limitados em sua capacidade de ajudar e de serem ajudados.
10)  Os companheiros da Casa Espírita são membros da nossa família espiritual. A convivência no Centro Espírita é oportunidade de promover a verdadeira “Comunhão Espiritual”. Portanto, devemos considerar os confrades do Centro Espírita como verdadeiros membros da nossa família pessoal.
11)  Valorizar todas as chamadas “pequenas” tarefas. Diz-nos o Evangelho, “Se não podeis com as Coisas Mínimas por que estais ansiosos pelas outras?”. Sempre é importante lembrar que se o Centro Espírita está limpo é porque alguém limpou. Se as contas de água, luz e telefone são pagas é porque alguém tem contribuído para isso. Os Espíritas mais conscientes devem solicitar pequenas responsabilidades desse teor para que os dirigentes da Casa possam sempre manter discrição sobre assuntos de manutenção material da casa, evitando erros grosseiros mantidos até hoje por outras denominações religiosas que mercantilizam as reuniões de ensino evangélico solicitando ajuda financeira.
12)  Se possível, preferir atendimentos de Passes após exposições evangélicas. Todo o intervalo de tempo que dura a sessão espírita torna a ação fluidoterápica muito mais eficiente, pois a condição vibracional de todos os presentes tende a estar em um patamar espiritual bem superior àquele do início da reunião. Além disso, quando os passes ocorrem durante a reunião tanto os passistas como os assistentes que receberão os passes perdem, no mínimo parcialmente, o conteúdo explanado pelos expositores.
13)  “Unificação Espírita não significa Uniformização Espírita”. Esta frase enunciada por Divaldo Pereira Franco é bastante significativa na nossa busca de harmonização no relacionamento entre confrades de uma determinada casa espírita e, até mesmo, entre os diferentes grupos espíritas. Assim, mesmo em casas que sejam igualmente respeitadoras dos postulados Kardequianos, é possível identificar algumas peculiaridades que não representam nenhuma diferença na essência do conteúdo ministrado e praticado por cada grupo espírita.
14)  Ter a consciência que realmente o Espiritismo começa com “O Livro dos Espíritos”, mas não termina com ele. Logo, o estudo de todas as obras Kardequianas, inclusive a Revista Espírita, bem como de diversas obras subsidiárias de elevado valor favorecerão significativamente o crescimento em nosso conhecimento, enriquecendo as reuniões tanto para os encarnados como para os desencarnados.
15)  Valorizar o trabalho na Casa Espírita como um serviço extraordinariamente relevante! Aqueles que sugerem o contrário, ou não são, de fato, Espíritas propriamente considerados, ou podem estar sujeitos a influências espirituais negativas.
16)  Não permitir a ocorrência de bingos, bailes e outras atividades similares sob o patrocínio do Centro Espírita. Quando tratar-se de eventos nas dependências da Casa Espírita ser ainda mais rigoroso para que a Casa de Jesus não possa vir a ser lenta e gradualmente desvirtuada de sua vibração superior e de suas finalidades precípuas. Tal negativa deve ser mantida mesmo que tais eventos estejam “amparados” sob o falso pretexto de que os recursos obtidos serão vertidos à caridade. Os fins não são justificados pelos meios e as atividades no ambiente espírita ou promovidas pelo Centro Espírita devem zelar pelo nome do Espiritismo bem como pelo Evangelho de Jesus. Não respaldar tais eventos é fundamental para não violentar as diretrizes evangélico-doutrinárias de todos os Espíritas.
17)  Se houver demanda, apoiar iniciativas artísticas no campo espírita. Entretanto, tal aprovação somente deve ser fornecida se houver um elevado critério na seleção do roteiro das peças teatrais, nas letras das músicas consideradas espíritas etc. Não apoiar, todavia, ensaios e reuniões artísticas que substituam horários de reuniões doutrinárias, como, por exemplo, a reunião da mocidade espírita. Não devemos trocar o essencial pelo acessório.
18)  Evitar comentar ou sugerir a leitura de obras ditas espíritas ou não, mas de conteúdo duvidoso, que possam criar imagens e/ou diretrizes comportamentais equivocadas ou erros doutrinários na mentalidade dos assistentes. Lembrar sempre que cada indivíduo tem fragilidades espirituais específicas e todos nós, sobretudo trabalhando no meio espírita, temos grande responsabilidade em não alimentar distúrbios espirituais.
19)  Apoiar, sempre que possível, os trabalhos de casas espíritas que não freqüentamos. Quanto mais evoluímos, mais trabalhamos por um número cada vez maior de criaturas, pois as nossas responsabilidades, estabelecidas em nossas consciências, passam a reconhecer um número muito maior de indivíduos como verdadeiros amigos e irmãos.
20)  Jamais distorcer a verdade doutrinária para justificar eventuais erros comportamentais individuais. Por outro lado, nunca usar de “desculpismos” de que somos inferiores para fugir da responsabilidade do trabalho doutrinário, reconhecendo que, quanto maior for a nossa queda moral, maior será a nossa necessidade de amparo doutrinário para que outras quedas não aconteçam novamente na presente reencarnação. Assim sendo, a vergonha relacionada à falha cometida pode ser uma provação incômoda, mas necessária, para que os confrades não nos considerem indivíduos desprovidos de grandes fragilidades espirituais e para que nós não nos envaideçamos na tarefa do bem que mal começamos a cultivar. Ademais, sempre reconhecer em Jesus e Allan Kardec nossos grandes Mestres e nos Mentores Espirituais os verdadeiros trabalhadores das tarefas que eventualmente sejam bem sucedidas na seara espírita. Essa consciência é fundamental para os trabalhadores tanto nos projetos bem concluídos como nos objetivos que não puderam ser bem executados.

Leonardo marmo Moreira

22/08 - Frase do dia

Em razão da sutileza das ondas que exterioriza,  a mente intervém nas construções do mundo físico  e age diretamente sobre todos os corpos, às vezes alterando-lhes a constituição. 

Da obra Dias Gloriosos
Pelo espírito Joanna de Ângelis. Divaldo P. Franco

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Grupo de Estudo - Livro dos Espíritos

A Casa Espírita deve ser incentivadora de estudos a cerca da Doutrina Espírita. As palestras públicas atendem a vários objetivos, dentre eles o de divulgar o Espiritismo, despertando no público o interesse pelo aprofundamento acerca da Doutrina.

Hoje convidamos quem tiver interesse em estudar e compreender mais a Doutrina dos Espíritos para participar do Grupo de Estudos "O que é Espiritismo". Esse grupo teve início em fevereiro de 2010 com o objetivo de está sempre aberto para a chegada de novos adeptos do Espiritismo ávidos por conhecimento. Já realizamos o Estudo do livro O que é Espiritismo, de Allan Kardec, livro que deu origem ao nome do grupo. Agora estamos estudando O Evangelho Segundo o Espiritismo, também de Kardec. Este livro oferece um roteiro de comportamento compatível com as Leis Morais que regem a vida. Iniciamos também o Estudo do Livro dos Espíritos, uma das obras básicas do Espiritismo, codificado por Kardec, o qual estabelece os princípios básicos da Doutrina Espírita, explicando o que somos, de onde viemos, para onde vamos e qual o objetivo da existência terrena.

Participe com a gente!

Os encontro do Grupo acontece todas as sextas-feiras de 19h às 19h30m e é aberto ao público em geral, incluindo aqueles que estão iniciando seus estudos na Doutrina Espírita.





Evangelho no Lar


Finalidade e Importância [1]
  1. Estudar o Evangelho de Jesus possibilita compreender os ensinamentos cristãos, cuja prática nos conduz ao aprimoramento moral.
  2. Criar em todos os lares o hábito de se reunir em família, para despertar e acentuar nos familiares o sentimento de fraternidade.
  3. Pelo momento de paz que o Evangelho proporciona ao Lar, pela união das criaturas, propiciando a cada um uma vivência tranquila e equilibrada.
  4. Higienizar o Lar por pensamentos e sentimentos elevados e favorecer a influência dos Mensageiros do Bem.
  5. Facilitar no Lar e fora dele o amparo necessário diante das dificuldades materiais e espirituais, mantendo operantes os princípios da vigilância e da oração.
  6. Elevar o padrão vibratório dos componentes do Lar e contribuir com o Plano Espiritual na obtenção de um mundo melhor.
  7. Tornar o Evangelho conhecido, compreendido, sentido e exemplificado em todos os ambientes.


[1] Campanha: Evangelho no Lar e no Coração. Federação Espírita Brasileira

21/08 - Frase do dia

Caridade essencial é intensificar o bem, sob todas as formas respeitáveis, sem olvidarmos o imperativo de autossublimação para que outros se renovem para a vida superior, compreendendo que é indispensável conjugar, no mesmo ritmo, os verbos dar e saber.

Da obra Palavras de Emmanuel
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Biografia - Allan Kardec


Allan Kardec nasceu em Lyon, França, em 03 de Outubro de 1804 e foi registrado sob o nome de Hippolyte Léon Denizard Rivail.

Iniciou seus estudos na escola de Pestalozzi (em Yverdun, Suiça). A educação transmitida por Pestalozzi marcou profundamente a vida futura do jovem Rivail.

Tornou-se educador e entusiasta do ensino, várias vezes foi convidado por Pestalozzi para assumir a direção da escola, na sua ausência. Durante 30 anos (de 1824 a 1854), dedicou-se inteiramente ao ensino e foi autor de várias obras didáticas, que em muito contribuíram para o progresso de educação, naquela época.

Em 1855, o prof. Rivail depara, pela primeira vez, com o “fenômeno das mesas que giravam, saltavam e corriam, em condições tais que não deixavam lugar para qualquer dúvida”.

Passa então a observar estes fenômenos; pesquisa-os cuidadosamente, graças ao seu espírito de investigação, que sempre lhe fora peculiar, não elabora qualquer teoria pré-concebida, mas insiste na descoberta das causas.

Aplica a estes fenômenos o método experimental com o qual já estava familiarizado na função de educador; e, partindo dos efeitos, remonta às causas e reconhece a autenticidade daqueles fenômenos.

Convenceu-se da existência dos espíritos e de sua comunicação com os homens.

Grande transformação se opera na vida do prof. Rivail: convencido de sua condição de espírito encarnado, adota um nome já usado em existência anterior, no tempo dos druidas: Allan Kardec.
De 1855 a 1869, consagrou sua existência ao Espiritismo; sob a assistência dos Espíritos Superiores, representados pelo Espírito da Verdade, estabelece as bases da Codificação Espírita, em seu tríplice aspecto: Filosófico, Científico e Religioso.

Além das obras básicas da Codificação(Pentateuco Kardequiano), contribuiu com outros livros básicos de iniciação doutrinária, como: O que é o Espiritismo, O Espiritismo na sua mais simples expressão, Instruções práticas sobre as manifestações espíritas e Obras Póstumas.

A estas obras junta-se a Revista Espírita, “jornal” de estudos psicológicos, lançado a 1º de janeiro de 1858 e que esteve sob sua direção por 12 anos.

É também de sua iniciativa a fundação da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, em 1º de abril de 1858 - primeira instituição regularmente constituída com o objetivo de promover estudos que favorecessem o progresso do Espiritismo.

Assim surgiu o Espiritismo: com a ação dos Espíritos Superiores, apoiados na maturidade moral e cultural de Allan Kardec, no papel de codificador.

Com a máxima “Fora da caridade não há salvação”, procura ressaltar a igualdade entre os homens, perante Deus, a tolerância, a liberdade de consciência e a benevolência mútua.

E a este princípio cabe juntar outro: “Fé inabalável é aquela que pode encarar a razão face à face, em todas as épocas da humanidade”. Esclarece Allan Kardec: “A fé raciocinada que se apóia nos fatos e na lógica, não deixa qualquer obscuridade: crê-se, porque se tem certeza e só se está certo, quando se compreendeu”.

Denominado “o bom senso encarnado” pelo célebre astrônomo Camille Flammarion, Allan Kardec desencarnou aos 65 anos, a 31 de março de 1869.

Em seu túmulo, no cemitério de Père Lachaise (Paris), uma inscrição sintetiza a concepção evolucionista da Doutrina Espírita: “Nascer, Morrer, Renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei”.