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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

31/12 - Frase do dia

Não te inquietes com o teu passado. Às vezes ressumam em tua consciência objetiva os conteúdos de uma existência longínqua. Não te deixes enlear pela culpa, mas retira dessas recordações os elementos que vão te favorecer na marcha rumo à tua redenção.

Da obra Meditações Diárias
Pelo espírito Scheilla. Wellerson Santos

domingo, 30 de dezembro de 2012

30/12 - Frase do dia

Dificuldades e lutas semelham materiais didáticos na escola ou andaimes na construção; amealhada a cultura, ou levantado o edifício, desaparecem uns e outros.

Da obra Livro da Esperança
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

sábado, 29 de dezembro de 2012

29/12 - Frase do dia

Nada nos justificará desânimo ou deserção na Obra do Cristo, porque embora estejamos consideravelmente distantes da sublimação necessária, transportamos conosco o raciocínio lúcido e libertado no sustento da fé.


Da obra Livro da Esperança
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Os erros metodológicos de Roustaing


O benfeitor espiritual Erasto afirma em "O Livro dos Médiuns" que "É preferível rejeitar dez verdades a aceitar uma única mentira". Tal assertiva denota prudência e critério para a avaliação de qualquer conteúdo, mais notadamente os que são de origem mediúnica.
A discussão em torno dos pontos controvertidos da obra de Roustaing nos remete não só à avaliação da diferença de conteúdo doutrinário em relação à obra de Kardec mas igualmente à análise da metodologia empregada para a obtenção das mensagens mediúnicas que os dois autores utilizaram na compilação dos seus respectivos textos, pois, obviamente, os dois tópicos supracitados estão intrinsecamente relacionados.
A partir da leitura do prefácio de "Os Quatro Evangelhos" é possível constatar os seguintes pontos:

1) Roustaing superestimou a credibilidade dos textos bíblicos.

À semelhança de católicos e protestantes, Roustaing considerou a Bíblia "a palavra de Deus" e tentou explicar absolutamente tudo, sem se dar conta de que muito do que está escrito pode não ter acontecido exatamente da maneira como está narrado nos textos bíblicos. Roustaing consciente ou inconscientemente elaborou uma espécie de Reforma, semelhante à Reforma protestante. Assim, a partir da superestimação da Bíblia, a sua fusão desta com os seus limitados conhecimentos espíritas seria uma temeridade.

Reparem que, ao contrário da codificação kardequiana que nasce como ciência, a proposta roustainguista já nasce como religião, pois se trata de uma nova interpretação da Bíblia a partir da velha tese da infalibilidade dos seus textos. Tanto isso é verdade que a própria estruturação da obra "Os Quatro Evangelhos" é baseada nessa submissão aos textos bíblicos. Se a obra em questão foi realmente orientada pelos quatro evangelistas, assistidos pelos apóstolos, que foram as principais e mais preparadas testemunhas oculares dos fatos evangélicos, por que os apóstolos não contaram o que de fato aconteceu diretamente, ao invés de se basearem literalmente no que sobreviveu de registro na Bíblia e que, obviamente, sofreu com quase dois milênios de interpolações, adulterações, traduções grosseiras e outros problemas?!

Kardec, ao contrário, parte da análise do fenômeno mediúnico em um estudo criterioso sem nenhuma idéia preconcebida e, em princípio, não utilizando de maneira nenhuma a Bíblia como referencial. Aplicando o método experimental, através de análise qualitativo-quantitativa, por meio de vários médiuns previamente selecionados, busca a chamada "universalidade do ensino dos Espíritos", submetendo todos os autores espirituais ao mais crítico interrogatório e aplicando a mais rigorosa lógica na avaliação do conteúdo das mensagens.

Portanto, a codificação nasce como ciência, para gerar um corpo filosófico como conseqüência da verdade irrefutável da imortalidade da alma e da comunicabilidade dos Espíritos. E, finalmente, a filosofia espírita repercute nas inevitáveis conseqüências morais, que constituem o aspecto religioso do Espiritismo. Kardec jamais superestimou os textos evangélicos, o que é explícito tanto em "O Evangelho segundo o Espiritismo" como em "A Gênese". É por essa necessidade de nascimento como ciência e, subseqüentemente, como filosofia antes de se aprofundar o seu aspecto religioso, nesse maravilhoso tríplice aspecto, que o primeiro e principal livro espírita é a obra "O Livro dos Espíritos" e o segundo livro publicado, considerado por Kardec como a continuação do primeiro, é "O Livro dos Médiuns". De fato, ao aplicar os princípios espíritas na elucidação dos pontos principais do Evangelho, toda a estrutura doutrinária já estava extremamente sólida, independentemente das inumeráveis controvérsias geradas pelas diferentes interpretações bíblicas. Portanto, o Espiritismo não é uma reforma, como a reforma Luterana, porque não nasce como uma releitura da Bíblia, mas como ciência através do estudo da mediunidade.

2) Roustaing "decidiu" que era necessária uma nova revelação.

A partir da excessiva valorização dos textos evangélicos, Roustaing diz "...senti a impotência da razão humana para penetrar as trevas da letra e, desde então, a necessidade de uma revelação nova, de uma revelação da revelação". Note que, a partir de uma premissa equivocada, o próprio Roustaing decidiu que era necessária uma nova revelação, porque, segundo ele mesmo explica no prefácio de sua obra, a codificação explicava muito bem os aspectos morais e doutrinários da Bíblia, mas, em sua opinião, não explicava a figura de Jesus. Ora, decidir sobre a necessidade de uma nova revelação não era tarefa para ele, e nem para nenhum de nós, mas sim trabalho da Providência Divina. Roustaing poderia elaborar o seu trabalho mas daí a defini-lo, aprioristicamente, como a "revelação da revelação" foi um exagero. De fato, essa expressão "revelação da revelação" é repetida exaustivamente tanto no prefácio como na introdução e é quase sempre acompanhada pela expressão "revelação nova", em um esforço evidente para situar a obra realmente como uma revelação divina. Com efeito, na folha de rosto de "Os Quatro Evangelhos" Roustaing define sua obra como sendo "Revelação da Revelação" ou "Espiritismo Cristão", o que poderia sugerir que "há vários tipos de espiritismo" ou, até mesmo, que a Codificação não seria uma obra cristã. Se Roustaing pretendia que sua obra fosse considerada espírita, tendo mesmo enviado uma cópia para a análise de Kardec, conforme registrado na Revista Espírita, essa definição poderia ser considerada uma invigilância do advogado de Bordeaux.

A título de ilustração vale lembrar que da primeira revelação, personificada em Moisés, até a segunda, personificada em Jesus, foram aproximadamente 2 milênios e de Jesus até a codificação mais 18 séculos. Desta forma, seria muito estranho uma suposta quarta revelação começar a ser elaborada concomitantemente com a terceira revelação, já que a codificação do Espiritismo só seria concluída em 1868 com a publicação de "A Gênese", bem depois, portanto, do trabalho de Roustaing, que iniciou a confecção de sua obra em 1861 para publicá-la em 1866. Na mensagem intitulada "Meu Sucessor", em "Obras Póstumas", Kardec indaga sobre o continuador da obra, em função de já se apresentar com a saúde comprometida, e os Espíritos respondem que não era o momento de que o sucessor aparecesse, pois era necessário que a Codificação ficasse acentuadamente centralizada nas mãos dele, Kardec, para que a obra básica tivesse alta homogeneidade. Segundo o professor J. Herculano Pires, o sucessor em questão se trata de Léon Denis, que ainda era muito moço nessa época. Portanto, nenhuma menção a Roustaing ou a qualquer outro trabalho concomitante à codificação, o que é bastante sugestivo para uma obra que se intitula a "revelação da revelação".

3) A Igreja Católica nas análises das obras de Roustaing e Kardec.

No terceiro tomo da obra "Os Quatro Evangelhos" (p.65) os autores ensinam que o futuro espiritual da humanidade estará focalizado na Igreja Católica e no Papa. Eles afirmam o seguinte: "O chefe da Igreja católica, nessa época em que este qualificativo terá a sua verdadeira significação, pois que ela estará em via de tornar-se universal, como sendo a Igreja do Cristo, o chefe da Igreja católica, dizemos, será um dos principais pilares do edifício. Quando o virdes, cheio de humildade, cingido de uma corda e trazendo na mão o cajado do viajante...".

Esse comentário estranhíssimo, para dizer o mínimo, entra claramente em choque com a opinião dos Espíritos que orientavam Allan Kardec.

Para citar apenas uma única fonte, basta ler as mensagens registradas em "Obras Póstumas" intituladas "Futuro do Espiritismo" e "A Igreja". Na primeira o autor espiritual assevera "...cabe-nos retificar os erros da história e apurar a religião do Cristo, transformada, nas mãos dos padres, em comércio e em vil tráfico. Instituirá (o Espiritismo) a verdadeira religião, a religião natural, a que parte do coração e vai diretamente a Deus, sem dependência das obras da sotaina ou dos degraus do altar".

Na segunda mensagem citada é comentado que "Chegou a hora em que a Igreja deve prestar contas do depósito que lhe foi confiado; do modo como praticou os ensinos do Cristo, do uso que fez da sua autoridade, da incredulidade, enfim, a que arrastou os homens". E mais à frente o autor é ainda mais incisivo quanto ao futuro da Igreja estabelecendo que "Deus a julgou e reconheceu-a imprópria, de hoje em diante, para a missão do progresso, que incumbe a toda autoridade espiritual". Ainda sobre a Igreja Católica e o futuro da humanidade o Espírito d´ E... afirma que a Igreja "acha-se nesta alternativa: ou se transforma e suicida-se, ou fica estacionária e sucumbe esmagada pelo carro do progresso". Como se não bastasse, o autor ainda é mais peremptório asseverando que "a doutrina espírita é chamada a ferir de morte o papado..." e conclui seu artigo com a seguinte frase "A Igreja atira-se, por si mesma, ao precipício".

Essa gigantesca incoerência faz-nos questionar o motivo que levaria o mundo espiritual superior a enviar à Crosta uma terceira e uma quarta revelações se o futuro espiritual da Terra seria guiado pela representante do seu passado, que é a Igreja, com a sua trajetória dominadora, ritualística, inquisidora e obscurantista.
Para que Espiritismo como terceira revelação se a Doutrina Espírita discrepa profundamente da Igreja Católica em inumeráveis pontos?

Por outro lado, as perguntas mais simples e objetivas que surgem são as seguintes: Espíritos de mesma intenção e evolução (supostamente evolvidos intelecto e moralmente) poderiam ensinar conceitos tão discordantes um do outro?! E Roustaing não teria avaliado criticamente o conteúdo da mensagem e suspeitado dessa informação?!

4) Ao contrário de Kardec, Roustaing utiliza uma única médium.

Roustaing se isolou com a médium Émilie Collignon, evitando o intercâmbio com trabalhadores mais experientes que poderiam elaborar críticas aos textos e indagações mais exigentes e contundentes aos Espíritos orientadores da obra. Roustaing afirma "Mero instrumento, cumpri um dever executando tal ordem, entregando à publicidade esta obra...". Roustaing se mostra muito submisso e passivo em relação aos Espíritos que orientam a obra, o que pode ser facilmente constatado em várias passagens do prefácio da sua obra. Aparentemente, Roustaing não eliminou nenhum texto, o que explicaria a grande extensão de sua obra de mais de 2.000 páginas em um prazo relativamente curto para um trabalho efetuado com uma única médium. Essa atitude é bem diferente da postura altamente crítica do Codificador. Vale lembrar que médiuns psicógrafos de conhecida credibilidade como Chico Xavier, Divaldo Franco e Raul Teixeira afirmam que "queimaram malas de mensagens" no início de suas tarefas, pois eram apenas exercícios mediúnicos, sem qualidade suficiente para publicar. O próprio Allan Kardec, registra mensagens que ele considerou não condizentes com as assinaturas, mostrando que até mesmo ele estava sujeito às chamadas mistificações. O ponto-chave é que ele identificou essas mensagens como oriundas de Espíritos mistificadores e ainda as aproveitou como recurso didático.

5) Roustaing não avaliou a potencialidade mediúnica e o conteúdo moral de Mme. Collignon.

Roustaing assevera no prefácio de sua obra: "O trabalho ia ser feito por dois entes que, oito dias atrás, não se conheciam". Está evidente que Roustaing não avaliou o nível moral de Émilie Collignon e nem sua capacidade mediúnica, pois não a conhecia e em um intervalo de 8 dias começou a obra sem um maior planejamento ou avaliação da viabilidade e dos perigos da empreitada. O critério da avaliação moral do médium é fundamental pois pela sintonia o médium convive predominantemente com os Espíritos que correspondem à sua elevação espiritual. Emmanuel, em sua obra "Roteiro", é categórico, estabelecendo que "não existe bom médium sem homem bom". Todo dirigente de reuniões mediúnicas conhece minimamente a complexidade do fenômeno mediúnico e os riscos que procedimento semelhante à atitude de Roustaing pode acarretar.

6) Roustaing evocou somente Apóstolos e o Precursor João Batista.

A assertiva conhecida no meio espírita de que "o telefone toca de lá para cá" não foi respeitada por Roustaing. Vale consultar a contundente desaprovação do procedimento de evocação nominal direta, enunciada pelo benfeitor Emmanuel na Questão 369 da obra "O Consolador". Realmente, há riscos óbvios de Espíritos embusteiros usarem nomes de grandes Espíritos para se fazerem mais respeitáveis e aceitos. Por outro lado, quanto mais evoluído é o Espírito, maior número de grandes responsabilidades ele tem no mundo espiritual, que acabam limitando sua capacidade de atender pessoalmente a todas as evocações, principalmente aquelas oriundas de pessoas pouco moralizadas e responsáveis.

7) São João Evangelista seria co-autor tanto da obra de Kardec como da obra de Roustaing?!

São João Evangelista é co-autor da codificação, sendo citado até mesmo nos Prolegômenos de "O Livro dos Espíritos". Entretanto, supostamente, ele também seria co-autor da obra "Os Quatro Evangelhos" tanto pela sua condição de Evangelista como também pela sua condição de Apóstolo, tendo sido, inclusive, um dos mais participativos e próximos a Jesus em todo o Evangelho. Assim sendo, como é que as obras em questão teriam pontos tão divergentes como, por exemplo, a questão da reencarnação, que para a Codificação é necessidade e para "Os Quatro Evangelhos" é castigo e o problema da metempsicose, rejeitada peremptoriamente pela Codificação e admitida pela obra de Roustaing? Essa questão da identidade dos autores merece ser analisada com cuidado pois as obras em questão não tratam de opiniões pessoais de Espíritos mas de Leis Universais e, ademais, sendo os autores, em princípio, da mais elevada evolução, eles não poderiam divergir tão intensamente em pontos capitais dos ensinos. São João Evangelista não poderia ensinar algo em um lugar e outra coisa em outro, a não ser que em um desses lugares não fosse ele, mas alguém que se fizesse passar por ele, utilizando seu nome, algo bem comum em mediunidade, quando os cuidados fundamentais para a prática segura de tal intercâmbio não são considerados. Admitindo-se tal possibilidade, a credibilidade das informações contidas na obra em questão estaria comprometida.

Em suma, Roustaing demonstrou desconhecer as problemáticas da mediunidade, o que é facilmente explicável haja vista a pressa que ele demonstrou no estudo prévio das obras de Allan Kardec. O próprio Roustaing afirma no prefácio de "Os Quatro Evangelhos" que leu "O Livro dos Espíritos", "O Livro dos Médiuns" e um número enorme de obras sobre questões correlatas ao Espiritismo a partir de janeiro de 1861, o mesmo ano que ele começou a elaboração de "Os Quatro Evangelhos". Antes disso, ele nem sabia que é possível a comunicação com os Espíritos. Certamente, essas leituras foram superficiais, tendo-se em vista a profundidade do conteúdo das mesmas e o número de obras lidas em um intervalo de tempo reduzidíssimo. Ademais, ler é uma coisa, ao passo que estudar e assimilar é outra completamente diferente, principalmente em se tratando de um assunto com tamanhas nuanças e problemas como é a mediunidade.

Desta forma, entende-se por que Allan Kardec considerou a obra "Os Quatro Evangelhos" apenas como opinião pessoal dos seus autores espirituais não podendo ser considerada como parte integrante da Doutrina Espírita, conforme exarado na Revista Espírita. Afinal, a priori, "é preferível rejeitar dez verdades a aceitar uma única mentira". "Na dúvida, abstém-te", nos ensina "O Evangelho segundo Espiritismo" e a obra de Roustaing apresenta várias dúvidas, incoerências e especulações sem comprovações científicas que não estão em coerência com o pensamento kardequiano. 

Leonardo Marmo Moreira

26/12 - Frase do dia

Companheiro da Terra, quando estendes uma palavra consoladora ou um abraço fraterno, uma gota de bálsamo ou uma concha de sopa, aliviando os que choram, estás diante deles, na presença do Cristo, com quem aprendemos que o único remédio capaz de curar as angústias da vida nasce do amor, que se derrama, sublime, da ciência de Deus.

Da obra Livro da Esperança

Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

25/12 - Frase do dia

Se a manjedoura e a cruz constituem ensinamento inolvidável, muito mais devem representar, para nós outros, os exemplos do Divino Mestre, no seu trato com as vicissitudes da vida terrestre.

Da obra A Caminho da Luz
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Orando no Natal


Orando no Natal
Senhor!
Enquanto vibram as emoções festivas e muitos homens se banqueteiam, evocando aquele Natal que Te trouxe à Terra, recolhemo-nos em silêncio para orar.
Há tanta dor no mundo Senhor!
Os canhões calam os seus troares, momentaneamente, as bombas destruidoras cessam de cair por alguns instantes, nos países em guerra, enquanto nós oramos
. pelos que mercantilizam vidas, fomentando conflitos e beligerâncias outras; pelos que escorcham as populações esfaimadas sob leis impiedosas e escravizantes; 
. pelos que se comprazem, como se fossem abutres em forma humana, com a renda nefanda das casas do comércio carnal; pêlos que exploram os vícios e acumulam usuras com o fruto da alucinação de obsidiados ignorantes da própria enfermidade;
. pelos que malsinam moçoilas e rapazotes inexperientes, deslumbrados com o fastígio mentiroso da ilusão; pelos que difundem a literatura perversa e favorecem a divulgação da criminalidade; 
. pelos que fazem enlouquecer, através dos processos escusos, decorrentes da cultura que perverte mentes e corações; 
. pelos que se locupletam com as moedas adquiridas mediante o infanticídio hediondo; 
. pelos que dormem para a dignidade e sorriem nos pesadelos do torpor moral, que os invadem! Senhor!
Diante das crianças tristonhas e dos velhinhos estropiados, dos enfermos ao abandono e dos atormentados à margem da sociedade, lembramo-nos de rogar por todos eles, mas não nos esquecemos de Te suplicar pelos causadores da miséria e do infortúnio.
"Não sabem o que fazem!" - perdoa-os Senhor!
Neste Natal, evocando o momento em que as Altas Esferas seguiram contigo à Terra, até o singelo recinto de animais, para o Teu mergulho na névoa dos homens, espace, novamente, misericórdia e esperança para todos, a fim de que o Ano Novo seja, para sofredores e responsáveis pelo sofrimento, a antemanhã da Era do Espírito Imortal de que Te fizeste paradigma após o martírio da Cruz.

Mensagem de Natal - Divaldo Franco


24/12 - Frase do dia

A manjedoura assinalava o ponto inicial da lição salvadora do Cristo, como a dizer que a humildade representa a chave de todas as virtudes.


Da obra A caminho da Luz
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

sábado, 22 de dezembro de 2012

22/12 - Frase do dia

O culto espírita possui um templo vivo em cada consciência na esfera de todos aqueles que lhe desposam as instruções, de conformidade com o ensino de Jesus: ''O reino de Deus está dentro de vós'' e toda sua teologia se resume na definição do Evangelho: ''a cada um por suas obras''.

Da obra Livro da Esperança
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

21/12 - Frase do dia

Invariavelmente, o homem precipitado conta com todas as probabilidades contra si.

Da obra Pão Nosso
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

2012 - Apocalipse e o Fim do Mundo na Visão Espírita e da Ciência - Nazareno Feitosa


20/12 - Frase do dia


Recorda-te sempre do valor da prece em tua existência e o quanto esse recurso é importante, para que tenhas o fortalecimento necessário à tua caminhada.

Da obra Meditações Diárias
Pelo espírito Scheilla. Wellerson Santos

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Espiritismo versus Roustainguismo: Quem são os autores espirituais da obra “Os Quatro Evangelhos” de J.B. Roustaing?


                Analisando o conteúdo da obra de Roustaing, somos compelidos a responder a uma importante questão: O Evangelho de Jesus é um único Evangelho ou são quatro Evangelhos?!

                De fato, Emmanuel, Amélia Rodrigues e outros relevantes autores espirituais que trouxeram suas mensagens através de médiuns confiáveis, respectivamente Chico Xavier e Divaldo Franco, descreveram com detalhes passagens conhecidas de modo restrito em função das limitações que o tempo e os erros humanos impuseram aos chamados “textos sagrados”. Entretanto, sempre narraram de uma única forma uma mesma passagem bíblica, pois a passagem em questão consiste em fato real, isto é, em evento histórico, que pode ser enfatizado de maneira diferente, mas nunca modificado.

                Entretanto, os chamados “Evangelhos Canônicos” muitas vezes apresentam informações confusas ou, em alguns casos, realmente conflitantes. Informações que realmente se opõem mutuamente nos textos atribuídos a Mateus, Lucas, Marcos e João. Ora, é claro que isso se deve aos processos históricos de deturpação, interpolação, erros de tradução, perdas de originais, entre outros processos, no decorrer de dois mil anos. Todavia, se considerarmos que os apóstolos foram testemunhas oculares dos fatos, seria de se esperar que, ao transmitir do mundo espiritual a “verdade verdadeira”, ou seja, a versão legítima dos fatos, eles concordassem em transmitir um único e verdadeiro Evangelho segundo Jesus Cristo, e não interpretarem e basearem suas análises naquilo que sobrou de textos atribuídos a eles e que, em muitos casos, pelo menos parcialmente, nem foram eles os autores.

                Portanto, por que os Evangelistas e os Apóstolos não ditaram o Evangelho, conforme Ele realmente aconteceu?! De fato, se quase todos os supostos autores espirituais foram testemunhas oculares dos eventos evangélicos, isto é, os próprios Apóstolos de Jesus, por que não contaram uma única versão?! Qual a razão de não enviarem um único Evangelho ao invés de comentar as quatro versões bíblicas?!

                Os autores espirituais da obra de Roustaing ao comentar os quatro evangelhos canônicos do Novo Testamento, elaborando um texto de mais de duas mil páginas parecem hipervalorizar os textos bíblicos em seu sentido literal. Ora, se eles se lembram dos acontecimentos, sendo mais de uma dezena de Espíritos evoluidíssimos e tendo os recursos avançados do mundo espiritual para ver, rever e estudar os eventos em questão, certamente poderiam trazer uma versão mais fiel dos fatos associados à Vida e aos Ensinos de Jesus. Assim sendo, os autores da obra de Routaing não precisavam utilizar como base de estudo, extensiva e integralmente, os textos da Bíblia que chegaram até nós, ou seja, os deturpados e limitados textos de 2000 anos atrás.

O próprio Allan Kardec em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no capítulo intitulado “Moral Estranha”, assevera que os eventos da época de Jesus estavam sujeitos às perdas já supracitadas neste texto (tradução, interpolação, deturpação etc.). Assim sendo, considerar como literalmente verdadeiros todos os textos bíblicos do Novo Testamento seria cometer o mesmo erro crasso de católicos e protestantes. Aliás, erro que foi consistentemente exposto e analisado por Léon Denis na sua célebre obra “Cristianismo e Espiritismo”.

                Obviamente, cada indivíduo, por mais evoluído que seja, tende a imprimir certo caráter pessoal em qualquer narrativa em que seja o autor. Entretanto, em uma obra supostamente “assinada” pelos próprios Apóstolos e Evangelistas, seria de se esperar que houvesse uma homogeneidade de informações, o que não é o caso. Aliás, é essa a orientação de Allan Kardec no que diz respeito ao controle universal do ensino dos Espíritos (CUEE).

Além disso, em uma obra cognominada pelos seus próprios autores “Revelação da Revelação” (o que é uma falta de respeito com Allan Kardec, além de excessiva autovalorização, para não dizermos vaidade) e “Espiritismo Cristão” (o que consiste em uma espécie de crítica a Allan Kardec, pois sugere que o Espiritismo, que é único e é aquele codificado por Allan Kardec, não seria cristão, o que é um absurdo), a hipervalorização dos textos bíblicos e a falta de homogeneidade de ideias, além do caráter prolixo do texto, denotam as “impressões digitais” características de autores que, na melhor das hipóteses, são pseudo-sábios.

De fato, a homogeneidade das ideias é o que se nota perfeitamente na obra Kardeciana, onde espíritos com peculiaridades bem distintas em termos de trajetória evolutiva, mas todos indiscutivelmente evoluidíssimos, reúnem-se em um belíssimo processo fraterno e solidário de construção comum de uma consistente descrição/explicação das Leis de Deus. Na Codificação, os autores se harmonizam sinergicamente em um todo coerente e coeso. Aliás, o próprio Codificador Allan Kardec, deixa claro na sua análise da Obra de Roustaing, explicitada na Revista Espírita, que a Obra de Roustaing, que no original em francês abrange três tomos, poderia ser sintetizada em um tomo único, tamanha sua prolixidade.

                Há ainda uma consideração importante. Por que o mundo espiritual enviaria uma nova “Revelação da Revelação”, se a supostamente “velha” Revelação, no caso a Codificação Kardeciana, ainda não havia nem sido concluída. Realmente, a publicação de Roustaing é de 1866 e “A Gênese” foi publicada em 1868. Ademais, o processo de psicografia da Obra de Roustaing teria começado em 1862, quando a Codificação (ou seja, a Terceira Revelação) mal começara a ser publicada, já que somente “O Livro dos Espíritos”, “O que é o Espiritismo” e “O Livro dos Médiuns” tinham sido publicados até esta data.

Neste contexto, a defesa que rustenistas fazem da expressão “Revelação da Revelação” é semelhante à defesa que católicos e protestantes fazem da hipótese de que o chamado “Pentecostes” seria o advento do “Consolador” prometido por Jesus.

                Outro aspecto que chama atenção na Obra de Roustaing consiste identidade de autoria de seus autores espirituais. Se fosse verdade seria algo absolutamente espetacular, pois à exceção do próprio Jesus de Nazaré, a equipe espiritual seria “a mais sagrada possível”. De fato, os autores seriam os Evangelistas, assistidos pelos Apóstolos, e Moisés. Ademais, João Evangelista, que é um dos nomes registrados no Prolegômenos de “O Livro dos Espíritos”, deveria, pressupostamente, ser um dos autores de “Os Quatro Evangelhos”, pois é Apóstolo e é Evangelista (seria o autor de um dos Evangelhos canônicos). Por que João Evangelista traria a “Revelação da Revelação” se ainda não havia terminado a “Revelação Velha”, isto é, a “Terceira Revelação”?!

Essa questão se aprofunda quando nós constatamos as contundentes diferenças entre os conteúdos das duas referidas obras. Será que João Evangelista teria duas opiniões diferentes ou suas opiniões estariam sendo deturpadas pelos instrumentos mediúnicos. Admitindo que João Evangelista realmente estivesse contribuindo nas duas obras, ainda assim, a obra de Kardec apresentaria muito maior credibilidade mediúnica, pois seria ratificada pela Universalidade dos Ensinos dos Espíritos, o que não aconteceu com a obra de Roustaing, que foi psicografada por uma única médium, Emile Collignon. Ademais, Kardec demonstrou um profundo senso crítico em relação às mensagens mediúnicas, tendo, inclusive, elaborado um capítulo em “O Livro dos Médiuns” que expõe mensagens que ele considerava mistificações. Roustaing, pelo contrário, demonstrou ter publicado absolutamente tudo o que os Espíritos lhe enviavam, sem restrição.

                Neste contexto, vale citar novamente o Apóstolo João Evangelista, que, além de ser um Apóstolo, é autor de um dos quatro Evangelhos considerados canônicos, ou seja, pertencentes à Bíblia (João Evangelista é, portanto, considerado escritor inspirado por católicos e protestantes). De fato, por diversas vezes Jesus convocou somente Pedro, Tiago e João para assisti-lo em determinados eventos, o que enfatiza que João Evangelista seria uma das mais importantes testemunhas oculares da trajetória de Jesus (inclusive, teria sido o único a acompanhar a crucificação do Mestre). Ademais, tanto nos Evangelhos como nos Atos dos Apóstolos, está evidente o papel de liderança de João no grupo apostólico. Como se não bastasse, João Evangelista é ainda o autor do último livro do Novo Testamento e, por extensão, da Bíblia, ou seja, o Apocalipse. Por que ele contribuiria com a “Revelação da Revelação” se ainda não havia terminado a “Revelação Velha”?! Será que para cada grupo o Apóstolo teria uma opinião diferente?! Ou será que a opinião dele só era considerada por um dos grupos?! Neste caso, os dois grupos estariam divergindo quanto às leis de Deus?! Mas não seriam ambos os grupos formados por espíritos evoluidíssimos, tendo, provavelmente, componentes em comum?! Ou um dos grupos seria formado por Espíritos ignorantes e/ou mal intencionados?! Ou, ainda, o problema foi causado pela influência anímica e/ou obsessiva da instrumentação mediúnica?! Vale reafirmar que a Obra de Kardec era ratificada pela Universalidade do Ensino dos Espíritos através de vários médiuns e a Obra de Roustaing foi obtida por um único veículo mediúnico.

Kardec realmente fez por merecer o título de “Bom senso encarnado”, a ele atribuído por Camille Flammarion, sendo um verdadeiro gênio na elaboração e na organização do conteúdo da Codificação. Kardec, inclusive, chega a elaborar um capítulo em “O Livro dos Médiuns” com mensagens apócrifas, que, em sua análise, não apresentariam o nível requisitado para justificar os nomes que as assinavam, demonstrando que nem mesmo ele, Kardec  (O Espírito escolhido por “O Espírito de Verdade” para ser o Codificador da Terceira Revelação), estaria isento aos riscos inerentes ao fenômeno mediúnico. Roustaing, por outro lado, demonstra certa pressa em publicar tudo o que obtivera mediunicamente sem nenhuma postura crítica. Não submete o texto para a apreciação de ninguém, ou seja, de nenhum dirigente espírita da época que pudesse ler criticamente o texto para oferecer uma segunda opinião. Esta atitude temerária tornou a sua obra extremamente extensa e repetitiva, além de completamente arriscada em termos de credibilidade do conteúdo.

Por outro lado, vários pesquisadores da Bíblia questionam a autoria de grandes trechos do chamado “Livro Sagrado” e até de todos os respectivos textos dos chamados “quatro evangelhos canônicos” (ou seja, há partes dos textos atribuídos a Mateus, Marcos, Lucas e João, que não teriam sido estes autores que escreveram). Curiosamente, os autores espirituais da obra de Roustaing não fazem menção a nenhum problema dessa ordem. Defensores de Roustaing, ao contrário, afirmam que tudo o que existe nos evangelhos canônicos é autêntico, em franca oposição à opinião do próprio Allan Kardec que separa um capítulo de “O Evangelho segundo o Espiritismo” e o denomina “Moral Estranha”, onde levanta algumas hipóteses para explicar passagens estranhas registradas no Novo Testamento que chegou até nós. O Codificador do Espiritismo admite problemas de tradução, interpolações, deturpações, que a obra de Roustaing e seus discípulos não admitem. A própria obra “Paulo e Estevão” (Emmanuel/Chico Xavier) apresenta passagens diferenciadas em relação ao que a Bíblia nos informa.

É bem estranha a ênfase dada aos “Quatro Evangelhos Canônicos”, pois, mesmo admitindo que os textos em questão tenham sido realmente redigidos por Mateus, Marcos, Lucas e João, é sabido que Marcos e Lucas foram discípulos e não Apóstolos propriamente ditos. Assim sendo, tudo o que eles escreveram, eles aprenderam com algum ou alguns dos Apóstolos que realmente acompanharam os fatos evangélicos. Outras fontes fidedignas seriam figuras evangélicas altamente relevantes como as mulheres missionárias que acompanhavam o Mestre, como a própria Maria de Nazaré, que estavam junto a Jesus em várias passagens. Portanto, para explicar como realmente os fatos evangélicos aconteceram, Marcos e Lucas teriam menor autoridade do que os 12 apóstolos e os demais presentes. Note que Moisés e os Apóstolos teriam apenas “assistidos” os Evangelistas na elaboração da obra Rustenista, sugerindo que o papel dos quatro Evangelistas bíblicos (Mateus, Marcos, Lucas e João) na obra de Roustaing teria sido muito mais predominante.

Aliás, vale um novo questionamento?! Por que somente os Evangelistas, os Apóstolos e Moisés poderiam contribuir na Revelação da Revelação?! Será que outros Espíritos superiores não poderiam ajudar também, como ocorreu na Codificação Kardequiana?! Ou será que somente “Figuras Bíblicas” teriam competência para tal projeto?! Grandes cientistas e filósofos como acontece com a “Terceira Revelação”, não poderiam também contribuir com a pressuposta “Revelação da Revelação”?! Não poderiam contribuir com seus conhecimentos para que nós aprendêssemos mais sobre as Leis da Vida?!

E quanto aos autores de Evangelhos considerados apócrifos pela Igreja (os quais não foram incluídos na Bíblia)?! Eles não poderiam discutir passagens verdadeiras presentes em seus respectivos Evangelhos para que tivéssemos uma narrativa mais completa dos tempos de Jesus?! Somente pelo fato de seus textos terem sido repudiados pela Igreja Católica haveria justificativa para que a “Revelação da Revelação” também os repudiasse?! Alegar falta de espaço é utilizar um argumento fraco considerando que “Os Quatro Evangelhos” de Roustaing consiste de mais de 2000 páginas! De qualquer maneira, em se tratando de uma suposta “Revelação da Revelação” não custava comentar as passagens verídicas dos chamados Evangelhos Apócrifos (ou será que todas elas são falsas?!).

A Codificação Kardequiana foi elaborada de forma muito diferente. Nasceu com “O Livro dos Espíritos”, “O que é o Espiritismo” e “O Livro dos Médiuns” e, somente após o alicerce científico-filosófico já estar muito bem estruturado é que foi publicado “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Mesmo assim, “O Evangelho Segundo o Espiritismo” somente aborda o ensino moral de Jesus, que é o que realmente importa. Kardec seleciona tais textos justamente por não querer cair em discussões infindáveis de palavras e não de conteúdo (“A Letra Mata e o Espírito Vivifica”, diz o Apóstolo Paulo). O Codificador dividiu o Evangelho em cinco aspectos e analisa somente o filão moral em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Evidentemente, Roustaing não respeita a proposta de gradação de informações que Kardec segue rigorosamente em sua Obra.

Em suma, procedimentos bem diferenciados foram utilizados para a elaboração das obras Kardecista e Roustainguista, apesar de, supostamente, terem Espíritos em comum participando de ambas. Por outro lado, mesmo que os Espíritos não fossem exatamente os mesmos, se ambas fossem igualmente verdadeiras e mutuamente complementares, como querem os Roustainguistas, por que existiriam tantas contradições conceituais em tópicos doutrinários fundamentais?!

                Neste contexto, é importante frisar que no texto intitulado “Meu Sucessor”, exarado em “Obras Póstumas”, os Espíritos superiores deixam claro que o sucessor de Kardec somente surgiria posteriormente, deixando claro que não se tratava de Roustaing, que já estava trabalhando em “Os 4 Evangelhos” e iniciando contato com Kardec. Como então os prepostos da Providência Divina puderam ignorar a Obra de Roustaing, que seria a “Revelação da Revelação”?! Um trecho muito significativo deste texto afirma que a Terceira Revelação precisava realmente ser totalmente centralizada no Codificador para ter um caráter de homogeneidade e coerência em seus pilares básicos. Ora, então por que a suposta “Revelação da Revelação” já estava sendo enviada a outro organizador, através de uma única médium?! Para o Professor Herculano Pires, o sucessor em questão trata-se de Léon Denis. De fato, a única alternativa a Léon Denis que poderíamos admitir como sucessor de Allan Kardec seria Gabriel Delanne. Ambos desenvolveram papel de destaque no Movimento Espírita após a desencarnação do Mestre Lionês, sendo estes dois autores altamente doutrinários, isto é, claramente coerentes com os ensinamentos organizados por Allan Kardec.

                A propósito dos cognomes da obra de Roustaing, “Espiritismo Cristão” e “Revelação da Revelação”, faz-se necessário alguns comentários. A expressão “Espiritismo Cristão” foi uma colocação de grande esperteza propagandística, mas igualmente de pouca fidelidade à Obra de Kardec (e se não é fiel à Kardec não pode ser considerada Espírita!). A denominação “Espiritismo Cristão” sugere, indiretamente, que há mais de um tipo de Espiritismo e que poderia haver algum Espiritismo não Cristão, o que nas entrelinhas poderia ser uma crítica à Obra de Kardec. Confirmando esse posicionamento de superioridade em relação à Obra de Kardec, o advogado de Bordeaux, inspirado pelos autores espirituais, deixa exarado “Espiritismo Cristão ou Revelação da Revelação”. Esse conectivo “ou” é bastante sugestivo, pois significa que a obra de Roustaing seria uma ou outra coisa. Neste caso, de uma forma ou de outra a Codificação Kardeciana perderia, pois ou seria um Espiritismo não-Cristão ou seria uma Revelação ultrapassada pela Revelação da Revelação. E poderia, eventualmente, ser as duas coisas ao mesmo tempo, ou seja, seria uma revelação superada pois não seria Cristã, o que seria o diferencial “positivo” da Revelação da Revelação.

Vale lembrar que os verdadeiros Apóstolos do Espiritismo, os Gigantes Léon Denis e Gabriel Delanne, jamais colocaram suas respectivas obras em condição de superioridade em relação à obra de Kardec. Pelo contrário, Delanne, por exemplo, chega a dedicar uma de suas obras ao Codificador exaltando a personalidade do Codificador e sua respectiva Obra. Aparentemente, o chamado “Espírito de Cisma” já surge na obra de Roustaing, por mais que alguns aficcionados tentem “dourar a pílula” e fazer uma fusão altamente artificial entre Kardec e Roustaing.

Leonardo Marmo Moreira

19/12 - Frase do dia

Toda obra honesta e generosa repercute nos planos mais altos, conquistando cooperadores abnegados.

Da obra Pão Nosso
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

18/12 - Frase do dia

Somos filhos da eternidade, em movimentação para a glória da verdadeira vida e só pelo trabalho, ajustado à Lei Divina, alcançaremos o real objetivo de nossa marcha!

Da obra Entre a Terra e o Céu
Pelo espírito André Luiz. Francisco C. Xavier

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

17/12 - Frase do dia

Busca, no teu quarto íntimo, as forças necessárias, por meio da oração. Abre a boca da tua alma e fala do que está cheio o teu coração.


Da obra Meditações Diárias
Pelo espírito Scheilla. Wellerson Santos

domingo, 16 de dezembro de 2012

16/12 - Frase do dia

Defrontado pelo erro, corrija-o primeiramente em você e, em seguida, nos outros, sem violência e sem ódio.

Da obra Agenda Cristã
Pelo espírito André Luiz. Francisco C. Xavier

sábado, 15 de dezembro de 2012

15/12 - Frase do dia

Diante das intempéries da vida, arregimenta-te na fé e na confiança em ti mesmo, a fim de que os problemas se tornem menores do que te pareçam.

Da obra Meditações Diárias
Pelo espírito Scheilla. Wellerson Santos

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

14/12 - Frase do dia

Somos grandes falanges de aprendizes da fraternidade em  ação. Por mais desagradáveis se nos mostrem os quadros de luta,  a nossa obrigação é servir.

Da obra Entre a Terra e o Céu
Pelo espírito André Luiz. Francisco C. Xavier

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

13/12 - Frase do dia

O sexo reside na mente, a expressar-se no corpo espiritual, e consequentemente no corpo físico, por santuário criativo de nosso amor perante a vida ,e, em razão disso, ninguém escarnecerá dele, desarmonizando-lhe as forças, sem escarnecer e desarmonizar a si mesmo.

Da obra Evolução em dois mundos
Pelo espírito André Luiz. Francisco C. Xavier

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Como interpretar a frase “A carne nutre a carne”?!


O assunto relacionado ao consumo humano de carne é, frequentemente, motivo de controvérsias dentro do movimento espírita. Isto ocorre porque, em um primeiro momento, ao ler "O Livro dos Espíritos" (L.E.), parece que os Espíritos aprovam, sem restrição, a alimentação carnívora. Entretanto, as duas respostas de “O Livro dos Espíritos” (L.E.) que abordam o referido assunto deveriam ser estudadas com mais cuidado.

De fato, a frase "a carne nutre a carne", utilizada pelos Espíritos superiores para responder a uma destas questões não entra no cerne propriamente dito da questão levantada pelo Codificador, pois o principal problema não é a questão nutricional, mas sim o problema moral. É claro que podemos discutir os aspectos positivos e negativos da carne, do ponto de vista nutricional, mas o problema principal não é esse. Kardec poderia questionar se seria lícito fazer uso de bebidas alcoólicas, ou de excesso de algum outro tipo de alimento, e não o fez. O Codificador elege como questão mais relevante a discussão sobre a alimentação carnívora, provavelmente devido à questão moral relacionada à antiqüíssima dúvida: é correto ou não matar animais para comer?!

Obviamente, os mentores espirituais da falange do Espírito de Verdade sabiam disso, ou seja, sabiam das intenções do Codificador e das principais implicações relacionadas à questão levantada por Kardec. Vale, portanto, questionar: Por que não entraram no cerne da questão. Por que não a exploraram com maior profundidade? Por que não exploraram mais o assunto, nem em “O Livro dos Espíritos” (L.E.) e nem nos demais livros do “Pentateuco Espírita”? Na “Revista Espírita”, há uma mensagem muito contundente que sugere que deixemos e/ou minimizemos o hábito de ingerir carne. Tal mensagem estaria em contradição com o L.E.?! Kardec se enganou ao publicá-la na “Revue Spirite”?! Trata-se de uma mistificação que enganou o Codificador? Kardec a publicou porque considerou que o assunto não estava devidamente esclarecido?

É importante ressaltar que é lícito discutir a eficácia nutricional da carne como alimento e se é imprescindível ou não à nossa saúde física, mas a principal questão , sobretudo do ponto de vista filosófico-religioso, diz respeito ao fato de termos de abater os animais. Isso seria eticamente aceitável?! Seria moralmente elevado tal hábito?!

Em suma, a qualidade da carne como alimento e o nível moral da atitude de se matar animais para alimentação são duas questões importantes, mas a segunda é a mais relevante do ponto de vista espírita. Se admitirmos a hipótese da atitude de se matar animais para a alimentação ser reprovável do ponto de vista moral, a relevância nutricional da carne não serviria de justificativa para contrapor o erro moral do abate dos animais. Esse subterfúgio seria ainda menos aceitável se houverem alternativas nutricionais que possam substituir a carne.

Muitos poderiam questionar: “Mas existem muitas pessoas que passam fome no mundo. Não seria lícito nesse caso?!” Essa seria uma segunda questão, e não a questão central e inicial. Essa questão seria o mesmo que dizer: “Consideramos eticamente questionável ou negativo o consumo de carne. Mas, e se estivermos passando fome?! Seria aceitável comer carne?!”. É possível que a resposta a essa segunda pergunta seja sim. Entretanto, das pessoas que ingerem carne, quantas estão passando fome?! E quantas não estão acabando com sua saúde por excesso de ingestão de carne?!

Se os Espíritos da falange do Espírito de Verdade, em L.E., aprovam totalmente o consumo da carne, como alguns confrades sugerem, então Emmanuel, André Luiz e Humberto de Campos, entre outros, erraram completamente. Pois eles realmente têm posicionamentos marcantes sobre o assunto, que não corroboram a interpretação pró-consumo de carne das duas questões de L.E.. André Luiz tem afirmações contundentes a favor de, no mínimo, minimizarmos o consumo de carne tanto em "Os Mensageiros" como em "Missionários da Luz". Emmanuel também tem uma resposta bem explícita a favor da diminuição do consumo carnívoro na obra “O Consolador”.

Autores espirituais importantes para a Doutrina Espírita como Emmanuel e André Luiz não poderiam errar tantas vezes, e com tamanha ênfase. Então, o que estaria acontecendo?!

A problemática questão parece envolver o momento histórico da publicação de “O Livro dos Espíritos”. À época, estávamos, por exemplo, muito longe de eliminar a escravidão no Brasil, (mesmo no chamado "Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”). A escravidão acabaria no Brasil somente em torno de 28 anos após a publicação da segunda edição (edição definitiva) de “O Livro dos Espíritos” (em torno de 31 anos após a publicação da primeira edição de “O Livro dos Espíritos”). Nos Estados Unidos, iria começar a Guerra da Secessão, que também era motivada, entre outros fatores, pela questão da escravidão. Ora, se o ser humano, em países civilizados, ainda escravizava outros seres humanos por causa da cor da epiderme, o que aconteceria se o Espiritismo levantasse, naquele tempo, a bandeira da alimentação sem carne?! A Doutrina Espírita seria ainda mais perseguida do que foi, mais ridicularizada do que foi, pois era uma discussão ainda precoce para a esmagadora maioria dos habitantes da crosta. Portanto, seria um desgaste desnecessário e contraproducente ao desenvolvimento do movimento espírita assumir tal posição naquela época.

De fato, muitos companheiros Espíritas da atualidade continuam achando eticamente elevado matar animais para comer.  Mais de 150 anos após a publicação da segunda edição de “O Livro dos Espíritos”. Se é difícil discutir isso atualmente, mesmo dentro do meio espírita, imagine naquele tempo. O ensino precisa chegar até nós no momento que estamos minimamente preparados para a sua assimilação. Em “Nosso Lar”, o Ministro Genésio afirma para André Luiz: “Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece”. Em “O Livro dos Espíritos”, os Espíritos superiores afirmam: “Luz demais ofusca ao invés de clarear (esclarecer)”. De fato, o processo educacional para a mudança de costumes é constante, porém lento e gradual.

Alguns autores, visando simplificar a questão, afirmam que Chico Xavier comia carne. Na verdade, essa informação necessita de maior contextualização sobre os hábitos de vida de Chico Xavier.  Em todo caso, é bastante curioso tal argumento ser utilizado com tão frequência, pois três autores espirituais, dentre os principais que escreviam pela mediunidade de Chico Xavier, induzem a, no mínimo, diminuir tal comportamento. Quem, portanto, está com a razão: Os mentores e autores espirituais da obra de Chico Xavier (que consiste no principal legado de sua vida, pois é obra para ser estudada através dos séculos. Tanto é que Emmanuel dissera em uma famosa reunião de materialização, na qual Chico Xavier era o instrumento mediúnico: “A tarefa do Chico é o livro!”) ou aqueles que afirmam, de forma simplista que Chico Xavier comia carne. Chico Xavier tinha por hábito tentar ser simples e humilde e, na medida do possível, não constranger as pessoas que não tinham a elevação dos seus hábitos e, indiretamente, não criar uma idolatria exagerada sobre a sua pessoa, o que, apesar de seus esforços, acabou, em alguns casos, acontecendo.

Além disso, esse argumento de que Chico Xavier comia carne não modifica em nada o conteúdo das obras que os instrutores espirituais dele trouxeram. Alguns simplificam a questão, o que parece ocorrer simplesmente porque comem carne, o que é um grave erro. Neste caso, estaria havendo uma distorção de um conceito doutrinário porque ainda não podemos vivenciá-lo, o que é um erro crasso visando uma justificação perante a consciência, o que, além de não funcionar, não faz o menor sentido perante a Doutrina Espírita. Quando pregamos Doutrina Espírita, não estamos pregando para os outros, mas para nós mesmo e não estamos afirmando que vivenciando tudo aquilo que nossa consciência já considera errado. “Os são não necessitam de médico”, e o fato de ainda não vivenciar integralmente os postulados espíritas, não nos inviabiliza para iniciarmos o trabalho doutrinário.

Afinal, o primeiro passo é o estudo doutrinário; o segundo é a conscientização do que é correto perante as Leis de Deus; o terceiro é a conscientização da necessidade de modificar para melhor os nossos hábitos, procurando a harmonização com essas Leis; o quarto consiste em traçarmos estratégias e iniciarmos o esforço de transformação efetiva de nossa personalidade; o quinto seria perseveramos no esforço iniciado para efetivarmos a médio ou longo prazo uma efetiva mudança para melhor.

Emmanuel afirma: “Começar é fácil; Perseverar é muito difícil; Concluir a tarefa é raríssimo!”

Reflitamos na necessidade de aprofundarmos o estudo doutrinário e o intercâmbio de idéias, sem preconceitos, para que cada vez mais “nos aproximemos da Verdade para que ela nos liberte”.

Leonardo Marmo Moreira

12/12 - Frase do dia

Os compromissos assumidos pelo Espírito reencarnante têm começo no momento da concepção.

Da obra Conduta Espírita
Pelo espírito André Luiz. Waldo Vieira

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

11/12 - Frase do dia


Saber começar constitui serviço muito importante.

Da obra Pão Nosso
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

10/12 - Frase do dia

Quem, espontaneamente, se abstém dos sentidos e das exterioridades, sem mágoa nem frustração, encontrou a ciência de bem viver.

Da obra Momentos de Meditação
Pelo espírito Joanna de Ângelis. Divaldo Franco

domingo, 9 de dezembro de 2012

09/12 - Frase do dia

Sem cooperação não poderia existir o amor; e o amor é a força de Deus, que equilibra o Universo.

Da obra Paulo e Estevão
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

sábado, 8 de dezembro de 2012

08/12 - Frase do dia

Todas as situações no mundo sensorial passam, mudam de posição e de forma. A essência da realidade, porém, permanece sempre a mesma.

Da obra Momentos de Meditação
Pelo espírito Joanna de Ângelis. Divaldo Franco

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

07/12 - Frase do dia

O que mais sofremos no mundo não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.

Da obra Fonte de Paz
Pelo espírito Albino Teixeira. Francisco C. Xavier

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

06/12 - Frase do dia

Se você tem qualquer mágoa remanescendo da véspera, comece o dia à maneira do Sol: esquecendo a sombra e brilhando de novo.

Da obra Sinal Verde
Pelo espírito André Luiz. Francisco C. Xavier

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Identificação de Espíritos na Psicografia


                A identificação da autoria espiritual de mensagens psicográficas não é tarefa trivial. Allan Kardec constatou a complexidade do assunto através de seu amplo e profundo estudo a respeito das comunicações mediúnicas. Além da complexidade da identificação, a constatação, por parte do Codificador do Espiritismo, de aspectos mais relevantes a serem analisados concernentes ao conteúdo da mensagem (em primeiro lugar) e ao caráter moral do médium (em segundo lugar), fez com que Kardec deixasse como terceira prioridade os estudos referentes à identificação nominal do autor espiritual.
         
                Existem vários fatores que podem dificultar a identificação da autoria espiritual da mensagem, tais como:

01)      No caso de autores espirituais que foram, enquanto seres encarnados, escritores famosos: Diferença da bagagem cultural entre o Espírito comunicante e o médium, a ponto da influência anímica limitar a capacidade do autor imprimir seu estilo literário.

02)      No caso de nomes que se tornaram célebres através de um médium específico: a transmissão de mensagens por intermédio de outro médium pode dificultar a transmissão do estilo literário característico do autor espiritual. Isso ocorre porque a influência anímica de médiuns diferentes sobre o processo de “filtração mediúnica” das mensagens pode se distinguir significativamente dependendo de fatores como a intensidade mediúnica de cada medianeiro, a bagagem cultural geral de cada um deles, o conhecimento específico sobre o assunto tratado pelo Espírito, o vocabulário e o estilo de escrita de cada médium bem como a adequação deste estilo com o estilo do Espírito comunicante.

03)      O mecanismo mediúnico de recebimento (mecânico; semi-mecânico ou consciente), o qual pode variar de médium para médium, afetando a reprodução do pensamento original do Espírito comunicante.

04)      As oscilações emocionais do médium durante a fase na qual é instrumento do recebimento mediúnico de mensagens de um determinado Espírito (pode ser em um único dia, quando se tratar de uma mensagem isolada ou pode envolver um intervalo bem maior de tempo, chegando a vários meses, quando consistir em recebimento de obras maiores e, principalmente, com conteúdo contínuo, como, por exemplo, romances mediúnicos). Essas inconstâncias emocionais podem dificultar a reprodução do pensamento original do Espírito comunicante.

05)      A diferença de vibração entre Espírito comunicante e médium que, quanto menor afinidade espiritual apresentarem, mais dificuldades encontrarão para a transmissão de idéias do comunicante.

06)      As influências espirituais negativas, incluindo obsessões propriamente ditas, que possam estar afetando o médium e/ou o grupo familiar e/ou o grupo espírita que o médium freqüenta (e que pode ser o grupo de sustentação dessa tarefa mediúnica específica). Tais dificuldades diminuiriam a “blindagem mediúnica” , que consiste em importante fator protetor da tarefa, sobretudo para o recebimento de romances mediúnicos.

07)      No caso de autores espirituais que foram escritores encarnados famosos: as oscilações emocionais e a própria evolução intelectual e, principalmente, moral do próprio autor desencarnado podem modificar as áreas de interesse e de estilo em relação àquilo que esse autor escrevia enquanto encarnado. Isso dificultaria a identificação do mesmo por parte de críticos encarnados. Processos semelhantes são comuns nos próprios autores encarnados, que muitas vezes modificam seus estilos em diferentes fases da vida física. Em se tratando da desencarnação, isso poderia se manifestar com maior ênfase, considerando a possível ocorrência de desencarnações e/ou adaptações ao mundo espiritual traumáticas para o autor desencarnado. Vale acrescentar que muitas vezes o autor espiritual está escrevendo décadas ou até mesmo séculos depois da sua fase célebre enquanto escritor encarnado, o que tende a aumentar as diferenças de estilo entre essas as duas fases do escritor (como encarnado e como desencarnado).

08)      Os vocabulários e modismos lingüísticos distintos em função das diferenças épocas das vidas físicas do autor espiritual em relação ao médium, favorecendo uma influência anímica que descaracterizaria o estilo do autor espiritual.

09)      No caso de autores espirituais que foram escritores famosos em língua estrangeira à língua nativa do médium, a reprodução do estilo do escritor pode ser dificultada pela diferença de estilos de construção literária entre a língua nativa do autor espiritual quando encarnado e a língua nativa do médium. Tal influência acaba podendo ser acentuada pela diferença de épocas de vida física, o que deve fazer com o que a língua estrangeira “antiga” do Espírito comunicante se distancie ainda mais da “tradução” mais direta em relação à língua nativa “recente” do médium.

10)      No caso da defesa de postulados filosófico-doutrinários que não correspondem às opiniões do médium pode haver alguma influência na filtração mediúnica, caso o médium não seja muito hábil na atividade de receptividade (“passividade”) em relação ao pensamento do Espírito comunicante.

11)      No caso de assuntos nos quais o médium tenha grande bagagem cultural e posicionamentos muito contundentes, a influência anímica pode gerar uma reprodução de clichês mentais inerentes à personalidade e aos pontos de vista do médium.

12)      No caso de assuntos nos quais o médium é completamente leigo, o desconhecimento por parte do médium de termos técnicos associados ao jargão do assunto abordado pelo Espírito podem dificultar a objetividade e o uso das palavras de primeira escolha do autor espiritual.

Leonardo Marmo Moreira

05/12 - Frase do dia

O homem vive esquecido de que Jesus ensinou a virtude como esporte da alma, e nem sempre se recorda de que, no problema do aprimoramento interior, não se trata de retificar a sombra da substância e sim a substância em mesma.

Da obra Missionários da Luz
Pelo espírito André Luiz. Francisco C. Xavier

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Campanha do Quilo


A Campanha do Quilo constitui uma das atividades mais nobres realizadas pelos espíritas. 


Há notícias de tal atividade desde os primórdios da segunda metade do século passado, o que significou uma verdadeira revolução e mudanças de costumes, já que o centro espírita era tradicionalmente fechado em si mesmo, e as ações externas, além de restritas, sofriam um julgamento equivocado do público em geral.

Com uma certa timidez, algumas Casas Espíritas, naquela época, realizavam visitas aos enfermos com aplicação do passe e, como os resultados fossem auspiciosos, houve um encorajamento dos espíritas para a vivência dos ensinos do Cristo, corroborados por Allan Kardec:
"A fé sem obras é morta; fora da caridade não há salvação!"

A Campanha do Quilo atende, em simultâneo, duas missões características do Centro Espírita: a de oficina, pelo trabalho assistencial propriamente dito; a de templo, pela dilatação dos limites físicos da instituição, irradiando-a até os lares visitados.

Como Oficina: vários trabalhadores deixam a comodidade dos seus lares, o prazer do divertimento e momentos de lazer com os familiares, para carregarem sacolas, deslocando-se para aqui ou acolá, muitas das vezes em árduas caminhadas, enfrentando situações inesperadas; para recolherem de corações generosos os mantimentos não perecíveis para serem distribuídos.
O tarefeiro da campanha do quilo, retorna alegre e descontraído, sabendo que os produtos arrecadados serão cuidadosa e criteriosamente guardados na despensa, por ele ou outros tarefeiros.

As sacolas, análogas às cestas básicas conceituadas popularmente, conterão o indispensável para atender as mínimas necessidades de famílias carentes, previamente cadastradas, e que vivem em estado de exclusão social.

Como Templo: a partir do momento em que uma ou mais equipes se distribuem para várias regiões da cidade, configurando-se algo à semelhança de um Centro Espírita ambulante: levam-se a cada lar visitado as vibrações imanentes e características da própria Casa Espírita.

É o perfume de Jesus a espalhar-se, e nem um propósito outro que o desejo de servir, sensibiliza a alma do tarefeiro.

Ele está impregnado do sentimento de solidariedade e será instrumento para outros também praticarem a solidariedade!

A alegria cristã a vestir sua alma estancará, ainda que momentaneamente, emoções controversas de muitos que receberem o seu cumprimento cordial. Uma Casa Espírita que se irradia e se dinamiza; é um templo vivo, penetrando a intimidade dos lares onde um coração servidor bate e se apresenta!





Aspectos Morais



Essa tarefa tão meritória do ponto de vista espiritual enseja conquistas morais de alta relevância, nem sempre registradas pela nossa percepção vulgar.

Alguns sensos são desenvolvidos no tarefeiro em causa, principalmente os da humildade, da solidariedade, do respeito e da benevolência.

Este servidor do Bem é também agente de transformação de muitas criaturas conclamadas a doar, aguardando estas somente uma oportunidade, um aviso, um empurrão para darem novos rumos a sua trajetória existencial, sendo preciso, pois, ao companheiro levar as marcas do Cristo para o interior de cada lar visitado.

Aquele cujo coração será sensibilizado, quando da visita da Campanha do Quilo, internaliza no seu imo o embrião de futuras aquisições, todas nascentes do gesto da caridade induzida!

Poderão despertar nele o desejo do gesto futuro de caridade espontânea; da reflexão quanto a sua relação com o semelhante; da busca de novos roteiros para dar nova motivação e alegria a sua vida; da revisão da própria conduta no meio familiar, buscando o verdadeiro significado da existência terrestre.


Aspectos Espirituais


Tão importante quanto ofertar o mantimento ao corpo físico do companheiro que sofre é levar uma parcela de luz a tantos lares que jazem em trevas profundas, onde muitos são ricos de moedas, mas pobres de paz.

Esse é um quadro muito comum aqui na Terra.

A paisagem exterior, retratando beleza e conforto, nem sempre reflete os sentimentos íntimos das criaturas albergadas nas moradias terrestres.

É comum, mesmo diante da abastança, depararmos com lares tristes e almas angustiadas, depauperadas vivendo dramas e padecimentos morais inimagináveis ao observador comum.

Acresce-se a isso a dissonância entre os seus membros e situações de maior ou menor gravidade no campo das doenças obsessivas.

São incontáveis os lares do mundo, vergastados por dor invisível que os recursos terapêuticos da medicina tradicional não consegue debelar.

São dores agudas despontando de dramas morais com causa no pensamento infeliz, na palavra insensata e na atitude cruel do ontem.

O tarefeiro da Campanha do Quilo nem sempre é sabedor da sua missão ao contato com esses infelizes ocultos.

Recolher doações nesses domicílios será mero pretexto.

A espiritualidade pretende muito mais, e uma multidão de espíritos engrossa a caravana; prepara o ambiente psíquico; cuida da assepsia da trilha por onde se deslocam os servidores do bem e amortece as vibrações contraditórias dos lares a serem visitados!

Ademais, em virtude das emissões vibratórias sublimadas pelo Amor Fraterno de que se reveste o tarefeiro, enquanto é atendido, no mundo material, pelo irmão doador que oferta mantimentos que alimentam corpos desafortunados, muitos irmãos, no mundo espiritual, são resgatados de cada lar visitado, quase sempre em profundo desequilíbrio; outros, que atentos, em todo o trajeto, reconhecendo a sinceridade dos sentimentos e a nobreza da conduta do tarefeiro, pautada pela humildade, compreensão, fraternidade e bondade, abrem seus corações e confiantes na ajuda do plano superior, alimentados de propósitos regeneradores e construtivos, são levados por caravanas do plano invisível, para se tratarem nas inúmeras Casas de Jesus.

O Senhor da Vida protege todos os seus filhos, e é da lei ninguém ficar à margem do progresso.

Mencionamos no início deste trabalho que a Campanha do Quilo assume o aspecto de uma Casa Espírita ambulante, isto é, o Centro Espírita vai para as ruas penetrando a intimidade dos lares.

Cada tarefeiro torna-se um médium dos céus e por ele transitam recursos, na forma de auxílio que sofre ou não registro. É da lei também que todas as criaturas se movimentem em regime de liberdade.

O Senhor da Vida não impõe a transformação de ninguém.




Fonte:
Sociedade Espírita Casa do Caminho. Disponível em http://www.soesca.com.br/?cat=18
. Acesso: 23 AG 2012.

04/12 - Frase do dia

A civilização e o progresso, como a própria vida, dependem das trocas incessantes. O Universo, na sua constituição maravilhosa, não criou nem sanciona leis de isolamento na comunidade externa dos mundos e dos seres.


Da obra A caminho da Luz
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Campanha do Quilo..Participe!!


03/12 - Frase do dia

Seria ingenuidade supor que Deus, o doador de tudo a todos, fosse obrigado a providenciar para nós aquilo que podemos providenciar por nós mesmos.

Da obra Recados do além
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

domingo, 2 de dezembro de 2012

02/12 - Frase do dia

Cada homem, como cada coletividade, pode cumprir seus deveres ou agravar suas responsabilidades próprias, na esfera de sua liberdade relativa.

Da obra A caminho da Luz
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier

sábado, 1 de dezembro de 2012

01/12 - Frase do dia

O homem que pratica verdadeiramente o bem, vive no seio de vibrações construtivas e santificantes da gratidão, da felicidade, da alegria.

Da obra Missionários da Luz
Pelo espírito André Luiz. Francisco C. Xavier