Este é um espaço mantido pelo Centro Espírita Caminho da Paz dedicado para a divulgação do Espiritismo. O CECAPAZ se localiza na cidade de São João del Rei e vem realizando um trabalho há 23 anos de divulgação e trabalho dentro dos preceitos da Doutrina Espírita. Seja bem-vindo!
Em destaque:
Evangelização Infantil - Toda Segunda-feira às 19h30m.
A Juventude Espírita Maria de Nazaré - Todo sábado de 17h às 18h30m.
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
A Lembrança de Encarnações Passadas
O esquecimento de encarnações
anteriores é, indiscutivelmente, uma benção para o Espírito imortal, tanto no
que se refere à melhoria das relações interpessoais previamente estabelecidas
como no que se refere ao desenvolvimento de novas aptidões intelecto-morais.
Com o esquecimento do passado o Espírito é mais livre para recomeçar, sem
perder as conquistas efetuadas previamente, pois somos sempre herdeiros de nós
mesmos.
Entretanto,
ainda assim, alguns fatores podem favorecer uma maior contundência das marcas
do passado na vida presente, chegando, em muitos casos, a ocorrer lembranças
concretas de eventos vividos em existências passadas. Os principais fatores
são: a predisposição anímico-mediúnica às lembranças de vidas passadas; o
pequeno intervalo de tempo entre as encarnações (tempo de intermissão); a experiência
traumática vivenciada no pretérito; o favorecimento inerente ao período
infantil da nova encarnação, no qual a influência da matéria é menos drástica
sobre o “binômio Espírito-perispírito”, quando comparada à influência que
normalmente atinge jovens e adultos.
Quanto
mais fatores estiverem associados, maior será a predisposição à ocorrência de
lembranças espontâneas e/ou lembranças induzidas, tais como aquelas que ocorrem
na psicoterapia conhecida como “Terapia de Vidas Passadas” (TVP). De qualquer
maneira, apesar que chegar às mesmas conclusões relacionadas à pré-existência
da alma, vale frisar que a TVP não é uma técnica espírita e jamais deverá ser
empregada na Casa Espírita.
Leonardo Marmo Moreira
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Os médiuns e o os “não-médiuns”
Yvonne
Pereira, em seu livro “Um Caso de Reencarnação – Eu e Roberto de Canallejas”,
afirma que a partir de seus 4 anos de idade via quase que diariamente o
Espírito de Roberto de Canallejas. Divaldo P. Franco afirma, com relação à sua
mentora espiritual Joanna de Ângelis, que “de fato, é uma querida a quem eu
vejo quase todos os dias”. Vale ressaltar que, sobretudo no caso de Divaldo,
não era apenas vidência, mas vidência acompanhada de audiência, repercutindo em
verdadeiros diálogos com a protetora espiritual.
Dentro
deste contexto, devemos admitir que tal nível de intensidade mediúnica é muito
raro. De fato, mesmo conscientes de que muitos indivíduos apresentam uma
sensibilidade mediúnica significativa, bem superior à média da população, temos
que convir que, em sua maioria, os médiuns de nossas casas espíritas não
apresentam tamanhas possibilidades mediúnicas. Ainda nessa linha de raciocínio,
reconhecemos que a grande número de indivíduos, incluindo os trabalhadores
espíritas, não apresentam nem mesmo essa mediúnica significativa. Isso nos leva
a concluir que, se “o telefone toca de lá para cá”, como nos ensina Chico
Xavier, não devemos “forçar” o fenômeno, quando ele não ocorra espontaneamente.
Forçar o reconhecimento da mediunidade em indivíduos que somente apresentem a
sensibilidade basal, que todos os indivíduos possuem, dependendo da situação,
poderá acarretar em um processo de fomento de manifestações anímicas e, o que é
pior, mistificadas e mistificadoras.
A
hipervalorização da sensibilidade mediúnica basal como fonte de informações
diretas do mundo espiritual não gerará produtos de qualidade e retirará das
manifestações qualquer sustentação científica, o que é fundamental em matéria
de Espiritismo.
Obviamente, os
chamados “exercícios mediúnicos” são válidos para o aprendizado doutrinário de
médiuns e não médiuns. Entretanto, considerar “exercícios mediúnicos”, em
médiuns iniciantes, com pouca intensidade mediúnica, fonte de informações
doutrinárias diretas, sem uma maior avaliação e critério é uma temeridade para
o movimento espírita. O rigor na análise do conteúdo da mensagem é fundamental
para a nossa segurança doutrinária, e, por consequência, mediúnica.
Leonardo Marmo Moreira
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
A Evolução da Química e a Evolução do Espiritismo
Na
transição do século XIX para o século XX, a existência do átomo ainda não havia
sido comprovada definitivamente (apesar dos modelos atômicos de Dalton e
Thomson já serem referências acadêmicas, somente com o trabalho sobre o
movimento browniano de Einstein a questão foi definitivamente elucidada).
Na
transição do século XIX para o século XX as tabelas periódicas ainda tinham na
massa atômica a sua principal referência para classificação periódica, ou seja,
o número atômico (número de prótons) não era considerado ainda a principal
propriedade periódica e as tabelas ainda não eram dispostas em ordem de número
atômico.
Na
transição do século XIX para o século XX, o conceito de ligação química ainda
estava em níveis extremamente limitados frente ao que se sabe hoje. De fato,
nem a mecânica quântica e muito menos os trabalhos de Lewis, Linus Pauling e de
Robert Mülliken estavam próximos de serem elaborados.
Na
transição do século XIX para o século XX, a separação e o desenvolvimento da
Bioquímica, como subárea interagente, porém independente, da Química Orgânica
ainda dava seus primeiros passos.
Na
transição do século XIX para o século XX, a chamada Química analítica
instrumental praticamente inexistia, estando, a Química Analítica, limitada aos
chamados métodos clássicos.
Na
transição do século XIX para o século XX, ciências com fortes correlações com a
Química, como é o caso da Física, ainda estavam longe de muitos conceitos
ensinados em livros textos de graduação nos dias atuais.
Na
transição do século XIX para o século XX, relevantes e amplas aplicações da
Química em Biologia, Farmacologia, Química Farmacêutica e Medicina ainda
estavam em seus primórdios, muito longe de conceitos estudados por alunos de
graduação de diversos cursos superiores atualmente.
Muitas
dessas áreas e subáreas tiveram diversos paradigmas questionados e derrubados
desde então, implicando em uma realidade significativamente distinta para os
estudiosos dos dias atuais. Entretanto, as bases da Doutrina Espírita,
estabelecidas pelo Codificador Allan Kardec, apesar de amplamente combatidas
por adeptos de outras religiões e por cientistas materialistas, permanecem
sólidas, válidas, e com cada vez maior volume de evidências e provas
científicas.
Dentro
deste contexto, devemos compreender que se pouco mais de cem anos foram
suficientes para gerar tamanho avanço conceitual na ciência que estuda a
matéria, devemos aguardar com otimismo os anos vindouros, pois diversos setores
científicos e religiosos lenta e gradualmente começam a estudar de forma
“oficial” os postulados espíritas e paulatinamente chegarão às mesmas
conclusões kardequianas, mesmo que utilizem de uma termologia diferente daquela
empregada pelo ilustre Codificador do Espiritismo.
A
nós, espíritas, cabe a tarefa de cumprir com o nosso serviço de divulgação, com
qualidade, dos postulados espíritas através de todos os meios dignos a nosso
alcance, incluindo a nossa transformação moral. Dessa forma, estaremos
contribuindo para o advento da nova era, desde já, através de nossa dedicação
sincera à revivescência do Evangelho na Terra.
Leonardo Marmo Moreira
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Nem todos são médiuns: O Exemplo da vivência de Léon Denis
Ao identificarmos um indivíduo como médium, estamos afirmando que se
trata de um ser humano caracterizado por muitos como um “paranormal”. Isso
porque seu nível de percepção extra-sensorial é bem superior ao nível da
maioria dos indivíduos de nossa sociedade, os quais seriam os ditos “normais”
(daí paranormalidade ou parapsiquismo).
A
conscientização em relação a essa realidade é fundamental para que atenuamos um
equívoco em termos de interpretação dos postulados kardequianos, que ocorre em
nosso movimento espírita em relação à identificação dos “médiuns de ação”. De
fato, sob certo aspecto básico (uma telepatia mínima), todos têm algum nível de
percepção mediúnica, por menor que seja, pois isso é uma característica
inerente ao Espírito. Entretanto, partindo-se dessa premissa, muitos têm
esperado a ocorrência de fenômenos paranormais ostensivos por meio de qualquer
criatura que se disponha a frequentar determinadas reuniões.
A proposta
kardequiana em relação à definição de médiuns assim como ao trabalho dos mesmos
nas casas espíritas têm sido deturpada em muitos setores de nosso movimento,
pois com base nessa frase solta, totalmente fora de contexto, “todos são
médiuns”, muitos confrades pretendem obter psicografias, psicofonias e
vidências de indivíduos que não possuem intensidade mediúnica suficiente para
isso. Portanto, essa premissa errônea torna-se altamente perigosa, pois
dependendo do nível de discernimento doutrinário do pressuposto “grupo
mediúnico”, pode dar margem a vários tipos de processo anímico e, o que é ainda
pior, até mesmo mistificações inconscientes propriamente ditas.
Uma semente
de uma grande árvore pode ser considerada potencialmente uma árvore, isto é, uma
“árvore em potencial”, mas, no momento presente, ainda não é esta árvore e não
apresenta várias características que tipificam a árvore. O mesmo vale para os
“médiuns em potência” em relação aos verdadeiros “médiuns ostensivos”.
O grande
“Apóstolo do Espíritismo”, Léon Denis, por exemplo, conta um pouco da sua
experiência inicial desanimadora com reuniões mediúnicas:
“Como tantos outros – disse ele -, procurava
provas, fatos precisos, de modo a apoiar minha fé, mas esses fatos demoraram
muito a vir. A princípio insignificantes, contraditórios, mesclados de fraudes
e mistificações, que não me satisfizeram, absolutamente, a ponto de, por vezes,
pensar em não mais prosseguir em minhas investigações, mas, sustentado, como
estava, por uma teoria sólida e de princípios elevados, não desanimei.
“Parece-me que o Invisível deseja experimentar-nos,
afirmou Denis, medir nosso grau de perseverança, exigir uma certa maturidade de
espírito antes de entregar-nos a seus segredos.”
Se tais
dificuldades ocorreram com o próprio Léon Denis, que obviamente tinha uma
missão altamente relevante e decisiva para os rumos de Espiritismo na Terra,
certamente também (e com mais razão) poderão acontecer conosco as mesmas
dificuldades na área da experimentação mediúnica. Um dos fatores que gera esse
tipo de dificuldade é a dificuldade de se encontrar um bom número de
indivíduos, para cada casa espírita, que, além de serem realmente médiuns
ostensivos, são Espíritas conscientes e dedicados, comprometidos com a tarefa
espiritual.
Leonardo Marmo Moreira
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
02/12 - Frase do dia
O tempo é o rio da vida cujas águas nos devolvem o que lhes atiramos.
Da obra Falando à terra
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier
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