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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013


Música Espírita - Noite Igual


A Lembrança de Encarnações Passadas

O esquecimento de encarnações anteriores é, indiscutivelmente, uma benção para o Espírito imortal, tanto no que se refere à melhoria das relações interpessoais previamente estabelecidas como no que se refere ao desenvolvimento de novas aptidões intelecto-morais. Com o esquecimento do passado o Espírito é mais livre para recomeçar, sem perder as conquistas efetuadas previamente, pois somos sempre herdeiros de nós mesmos.
                Entretanto, ainda assim, alguns fatores podem favorecer uma maior contundência das marcas do passado na vida presente, chegando, em muitos casos, a ocorrer lembranças concretas de eventos vividos em existências passadas. Os principais fatores são: a predisposição anímico-mediúnica às lembranças de vidas passadas; o pequeno intervalo de tempo entre as encarnações (tempo de intermissão); a experiência traumática vivenciada no pretérito; o favorecimento inerente ao período infantil da nova encarnação, no qual a influência da matéria é menos drástica sobre o “binômio Espírito-perispírito”, quando comparada à influência que normalmente atinge jovens e adultos.

                Quanto mais fatores estiverem associados, maior será a predisposição à ocorrência de lembranças espontâneas e/ou lembranças induzidas, tais como aquelas que ocorrem na psicoterapia conhecida como “Terapia de Vidas Passadas” (TVP). De qualquer maneira, apesar que chegar às mesmas conclusões relacionadas à pré-existência da alma, vale frisar que a TVP não é uma técnica espírita e jamais deverá ser empregada na Casa Espírita.

Leonardo Marmo Moreira

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Os médiuns e o os “não-médiuns”

                Yvonne Pereira, em seu livro “Um Caso de Reencarnação – Eu e Roberto de Canallejas”, afirma que a partir de seus 4 anos de idade via quase que diariamente o Espírito de Roberto de Canallejas. Divaldo P. Franco afirma, com relação à sua mentora espiritual Joanna de Ângelis, que “de fato, é uma querida a quem eu vejo quase todos os dias”. Vale ressaltar que, sobretudo no caso de Divaldo, não era apenas vidência, mas vidência acompanhada de audiência, repercutindo em verdadeiros diálogos com a protetora espiritual.

                Dentro deste contexto, devemos admitir que tal nível de intensidade mediúnica é muito raro. De fato, mesmo conscientes de que muitos indivíduos apresentam uma sensibilidade mediúnica significativa, bem superior à média da população, temos que convir que, em sua maioria, os médiuns de nossas casas espíritas não apresentam tamanhas possibilidades mediúnicas. Ainda nessa linha de raciocínio, reconhecemos que a grande número de indivíduos, incluindo os trabalhadores espíritas, não apresentam nem mesmo essa mediúnica significativa. Isso nos leva a concluir que, se “o telefone toca de lá para cá”, como nos ensina Chico Xavier, não devemos “forçar” o fenômeno, quando ele não ocorra espontaneamente. Forçar o reconhecimento da mediunidade em indivíduos que somente apresentem a sensibilidade basal, que todos os indivíduos possuem, dependendo da situação, poderá acarretar em um processo de fomento de manifestações anímicas e, o que é pior, mistificadas e mistificadoras.

                A hipervalorização da sensibilidade mediúnica basal como fonte de informações diretas do mundo espiritual não gerará produtos de qualidade e retirará das manifestações qualquer sustentação científica, o que é fundamental em matéria de Espiritismo.


Obviamente, os chamados “exercícios mediúnicos” são válidos para o aprendizado doutrinário de médiuns e não médiuns. Entretanto, considerar “exercícios mediúnicos”, em médiuns iniciantes, com pouca intensidade mediúnica, fonte de informações doutrinárias diretas, sem uma maior avaliação e critério é uma temeridade para o movimento espírita. O rigor na análise do conteúdo da mensagem é fundamental para a nossa segurança doutrinária, e, por consequência, mediúnica.

Leonardo Marmo Moreira

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A Evolução da Química e a Evolução do Espiritismo

                Na transição do século XIX para o século XX, a existência do átomo ainda não havia sido comprovada definitivamente (apesar dos modelos atômicos de Dalton e Thomson já serem referências acadêmicas, somente com o trabalho sobre o movimento browniano de Einstein a questão foi definitivamente elucidada).

                Na transição do século XIX para o século XX as tabelas periódicas ainda tinham na massa atômica a sua principal referência para classificação periódica, ou seja, o número atômico (número de prótons) não era considerado ainda a principal propriedade periódica e as tabelas ainda não eram dispostas em ordem de número atômico.

                Na transição do século XIX para o século XX, o conceito de ligação química ainda estava em níveis extremamente limitados frente ao que se sabe hoje. De fato, nem a mecânica quântica e muito menos os trabalhos de Lewis, Linus Pauling e de Robert Mülliken estavam próximos de serem elaborados.

                Na transição do século XIX para o século XX, a separação e o desenvolvimento da Bioquímica, como subárea interagente, porém independente, da Química Orgânica ainda dava seus primeiros passos.

                Na transição do século XIX para o século XX, a chamada Química analítica instrumental praticamente inexistia, estando, a Química Analítica, limitada aos chamados métodos clássicos.

                Na transição do século XIX para o século XX, ciências com fortes correlações com a Química, como é o caso da Física, ainda estavam longe de muitos conceitos ensinados em livros textos de graduação nos dias atuais.

                Na transição do século XIX para o século XX, relevantes e amplas aplicações da Química em Biologia, Farmacologia, Química Farmacêutica e Medicina ainda estavam em seus primórdios, muito longe de conceitos estudados por alunos de graduação de diversos cursos superiores atualmente.

                Muitas dessas áreas e subáreas tiveram diversos paradigmas questionados e derrubados desde então, implicando em uma realidade significativamente distinta para os estudiosos dos dias atuais. Entretanto, as bases da Doutrina Espírita, estabelecidas pelo Codificador Allan Kardec, apesar de amplamente combatidas por adeptos de outras religiões e por cientistas materialistas, permanecem sólidas, válidas, e com cada vez maior volume de evidências e provas científicas.

                Dentro deste contexto, devemos compreender que se pouco mais de cem anos foram suficientes para gerar tamanho avanço conceitual na ciência que estuda a matéria, devemos aguardar com otimismo os anos vindouros, pois diversos setores científicos e religiosos lenta e gradualmente começam a estudar de forma “oficial” os postulados espíritas e paulatinamente chegarão às mesmas conclusões kardequianas, mesmo que utilizem de uma termologia diferente daquela empregada pelo ilustre Codificador do Espiritismo.


                A nós, espíritas, cabe a tarefa de cumprir com o nosso serviço de divulgação, com qualidade, dos postulados espíritas através de todos os meios dignos a nosso alcance, incluindo a nossa transformação moral. Dessa forma, estaremos contribuindo para o advento da nova era, desde já, através de nossa dedicação sincera à revivescência do Evangelho na Terra.   

Leonardo Marmo Moreira 

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Nem todos são médiuns: O Exemplo da vivência de Léon Denis

            Ao identificarmos um indivíduo como médium, estamos afirmando que se trata de um ser humano caracterizado por muitos como um “paranormal”. Isso porque seu nível de percepção extra-sensorial é bem superior ao nível da maioria dos indivíduos de nossa sociedade, os quais seriam os ditos “normais” (daí paranormalidade ou parapsiquismo).

            A conscientização em relação a essa realidade é fundamental para que atenuamos um equívoco em termos de interpretação dos postulados kardequianos, que ocorre em nosso movimento espírita em relação à identificação dos “médiuns de ação”. De fato, sob certo aspecto básico (uma telepatia mínima), todos têm algum nível de percepção mediúnica, por menor que seja, pois isso é uma característica inerente ao Espírito. Entretanto, partindo-se dessa premissa, muitos têm esperado a ocorrência de fenômenos paranormais ostensivos por meio de qualquer criatura que se disponha a frequentar determinadas reuniões.

            A proposta kardequiana em relação à definição de médiuns assim como ao trabalho dos mesmos nas casas espíritas têm sido deturpada em muitos setores de nosso movimento, pois com base nessa frase solta, totalmente fora de contexto, “todos são médiuns”, muitos confrades pretendem obter psicografias, psicofonias e vidências de indivíduos que não possuem intensidade mediúnica suficiente para isso. Portanto, essa premissa errônea torna-se altamente perigosa, pois dependendo do nível de discernimento doutrinário do pressuposto “grupo mediúnico”, pode dar margem a vários tipos de processo anímico e, o que é ainda pior, até mesmo mistificações inconscientes propriamente ditas.

            Uma semente de uma grande árvore pode ser considerada potencialmente uma árvore, isto é, uma “árvore em potencial”, mas, no momento presente, ainda não é esta árvore e não apresenta várias características que tipificam a árvore. O mesmo vale para os “médiuns em potência” em relação aos verdadeiros “médiuns ostensivos”.

            O grande “Apóstolo do Espíritismo”, Léon Denis, por exemplo, conta um pouco da sua experiência inicial desanimadora com reuniões mediúnicas:

            “Como tantos outros – disse ele -, procurava provas, fatos precisos, de modo a apoiar minha fé, mas esses fatos demoraram muito a vir. A princípio insignificantes, contraditórios, mesclados de fraudes e mistificações, que não me satisfizeram, absolutamente, a ponto de, por vezes, pensar em não mais prosseguir em minhas investigações, mas, sustentado, como estava, por uma teoria sólida e de princípios elevados, não desanimei.

            “Parece-me que o Invisível deseja experimentar-nos, afirmou Denis, medir nosso grau de perseverança, exigir uma certa maturidade de espírito antes de entregar-nos a seus segredos.”

            Se tais dificuldades ocorreram com o próprio Léon Denis, que obviamente tinha uma missão altamente relevante e decisiva para os rumos de Espiritismo na Terra, certamente também (e com mais razão) poderão acontecer conosco as mesmas dificuldades na área da experimentação mediúnica. Um dos fatores que gera esse tipo de dificuldade é a dificuldade de se encontrar um bom número de indivíduos, para cada casa espírita, que, além de serem realmente médiuns ostensivos, são Espíritas conscientes e dedicados, comprometidos com a tarefa espiritual.


Leonardo Marmo Moreira

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

02/12 - Frase do dia

O tempo é o rio da vida cujas águas nos devolvem o que lhes atiramos.

Da obra Falando à terra
Pelo espírito Emmanuel. Francisco C. Xavier