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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A Seleção da Equipe que formou “A Falange do Espírito de Verdade”

                Jesus, no Sermão da Montanha, afirmou que “Deus não faz acepção de pessoas”, ou seja, “não discrimina ninguém”, como já disse, certa vez, o admirável Pastor Nehemias Marien.

                Os Espíritos que são escolhidos por Deus para grandes tarefas devem apresentar valores intelecto-morais indiscutíveis. E, a julgar pelos nomes exarados, por exemplo, em “Prolegômenos” (O Livro dos Espíritos), a seleção dos Espíritos da Falange do Espírito de Verdade foi elaborada com elevadíssimo rigor.

                A seleção de Espíritos incluiu grandes teólogos católicos (como Santo Agostinho), apóstolos de Jesus (Apóstolos Paulo e João Evangelista), missionários protestantes (como Jerônimo de Praga, mentor espiritual de Léon Denis e que houvera sido precursor da Reforma Protestante), grandes filósofos (como Sócrates e Platão) e famosos cientistas (como Galileu Galilei e Samuel Hahnemann), denotando que não é o “rótulo” ou a identificação ideológica de qualquer espécie, o que representa qualidade real, mas o “conjunto da obra”, isto é, todo o conjunto de valores intelectuais, morais e espirituais que o Espírito tenha adquirido em sua trajetória evolutiva.


                Interessante constatar que sendo uma Doutrina de aspecto tríplice, isto é, abrangendo aspectos filosófico, científico e religioso, foram convocados Espíritos que representam, com nível de excelência, cada uma destas abordagens.  Este fato demonstra, inequivocamente, que seremos avaliados pelas nossas obras, as quais refletem a construção espiritual que já conquistamos dentro de nós mesmos. Além disso, essa seleção abrangendo grandes nomes da História Universal  denota a qualidade inerente à obra da Codificação e do Espiritismo como um todo e a nossa responsabilidade enquanto adeptos do Espiritismo.

Leonardo Marmo Moreira

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Reunião Espírita de Moços ou Reunião de Moços que, eventualmente, seriam espíritas?!

         No passado, havia significativa resistência ao trabalho de mocidades espíritas em diversas casas espíritas brasileiras. Motivadas pela opinião de alguns confrades injustificadamente contrários a este tipo de trabalho que eram formadores de opinião ou por medo de um tipo de atividade muito independente das demais reuniões desenvolvidas pelo centro espírita, ou até mesmo em função de um despreparo para lidar com os jovens, a resistência ao trabalho de mocidades espíritas era comum. De fato, em uma época em que os grupos de estudos eram menos comuns e as casas espíritas, sobretudo no interior do Brasil, apresentavam grande predominância de trabalhos de palestras em suas reuniões, muitos dirigentes vetavam o trabalho de mocidades espíritas em suas casas espíritas.

         O trabalho de unificação do movimento espírita, o crescimento do número de centros espíritas frequentado por jovens, o aumento do número de grupos de estudos sistematizados e não-sistematizados (além das atividades de palestras) e a diversificação crescente das atividades espíritas propiciaram uma maior abertura para a criação e o desenvolvimento de grande número de mocidades espíritas bem como tarefas correlatas em casas espíritas que não apresentavam esse tipo de trabalho.

         Obviamente, trata-se de uma conquista, uma grande vitória do Movimento Espírita, em se tratando da busca pelo aumento e principalmente pela melhoria das atividades empreendidas pela casa espírita.

         Entretanto, tal como ocorre com todos os demais trabalhos da Casa Espírita, o trabalho de mocidades espíritas tem suas potencialidades, dificuldades, peculiaridades e riscos inerentes, os quais devem ser analisados e administrados com atenção pelos dirigentes responsáveis do Movimento Espírita, semelhantemente ao que acontece com as reuniões mediúnicas de desenvolvimento e desobsessão; reuniões de evangelização da criança; trabalhos de fluidoterapia; atendimento fraterno; reuniões de palestras públicas, assistência social etc.

         Há, porém, um problema adicional, em se tratando de reuniões de mocidade espírita, em comparação com as demais reuniões da casa espírita, predominantemente direcionadas ao público adulto. É que, pela própria faixa etária, o trabalho de mocidade tem um papel de destaque na formação de novos trabalhadores espíritas. De fato, as evangelizações infantis, com raras e especiais exceções são muito mais focadas no ensino moral, e mesmo que já exista alguma ênfase em algum conteúdo doutrinário, pela própria idade do público alvo, temos que admitir que a solidificação da assimilação dos conteúdos somente ocorrerá a partir da pré-mocidade (também conhecida como primeiro ciclo das reuniões de mocidades), que engloba pré-adolescentes com no mínimo 10 ou 11 anos.

         Portanto, mesmo que se trate de jovem de família espírita, habituado ao Evangelho no Lar e que tenha passado pela evangelização espírita infantil, as reuniões de mocidades espíritas terão um papel de destaque no amadurecimento pessoal e enquanto espírita militante do adolescente. Até porque não podemos ignorar a chamada “crise da adolescência”, que dependendo do jovem, pode gerar sérios impactos existenciais.

         Dentro deste contexto, temos que lembrar que grande número de pais espíritas (e muitas vezes espíritas militantes dirigentes do movimento espírita) não conseguem que seus filhos se tornem pelo menos frequentadores da casa espírita. Essa realidade que é grave e já antiga no movimento espírita, não tem recebido esforços suficientes por parte de pais e dirigentes espíritas no sentido da busca da melhoria do respectivo panorama.

A fim de que façamos algumas reflexões a respeito da necessidade de melhorar esse quadro e das estratégias que poderiam ser desenvolvidas no movimento espírita para essa finalidade, analisemos alguns tópicos da questão. Basicamente, existem dois pilares fundamentais que devem ser respeitados: A reunião deve ser agradável e interessante para que os jovens tenham interesse em frequentá-la mais vezes, assumindo, paulatinamente, um compromisso pessoal crescente com a casa espírita e o movimento espírita; e, principalmente, a reunião deve fornecer doutrina espírita, gerando concretamente crescimento doutrinário para os participantes.

Uma reunião de mocidade espírita “cansativa”, cujos coordenadores não apresentem abordagens carismáticas com os jovens, dificilmente vai vingar, pois não terá apelo suficiente para solidificar um grupo de adolescentes, mesmo que tenha elevado conteúdo doutrinário (se tiver, talvez os mais comprometidos e idealistas se mantenham vinculados, mas o grupo não tenderá a crescer significativamente). Por outro lado, um grupo de estudos doutrinários sólidos, porém sem nenhum carisma e sem uma abordagem minimamente interessante e motivadora para os jovens somente captará um número mínimo de jovens, na melhor das hipóteses. Há grupos que nascem sem nenhum dos dois pré-requisitos e estão fadados ao desinteresse e à extinção. Conforme já comentamos, há outros grupos muito doutrinários, mas sem o ambiente adequado aos jovens, não gerando o estímulo e a motivação, que são tão importantes, sobretudo, nessa faixa etária. Obviamente, existem grupos que apresentam os dois pré-requisitos e tem grandes possibilidades de sucesso sob vários ângulos da questão. Mas há, também, grupos que a pretexto de atrair os jovens ou em função de ideias personalistas de seus dirigentes criam dinâmicas próprias que podem ter muito apelo ao jovem e podem até manter as reuniões cheias de frequentadores por determinado tempo, mas a médio e longo prazos dificilmente vão ajudar a formar novos trabalhadores espíritas, pois não abordam o Espiritismo propriamente dito. Evidentemente, não estamos afirmando que tais grupos não possam fornecer uma certa contribuição indireta ao movimento espírita, mas também não podemos deixar de considerar que ainda estão muito longe da proposta verdadeiramente espírita.

         Em primeiro lugar, é importante que fique claro que a reunião de mocidade trata-se de uma reunião espírita predominantemente frequentada por moços (o que não exclui a eventual e muitas vezes bem-vinda presença de pessoas de maior idade) e não de uma reunião de moços que eventualmente poderiam ter alguma ligação com o Espiritismo. A diferença entre os dois casos em questão é gigantesca, mesmo que aparentemente, em um análise rápida, confrades sem vivência nesse tipo de trabalho possam achar que não.

         De fato, amigos espíritas jovens podem estar reunidos para discutir futebol, política, educação, música, comportamento, sexo, namoro, vida social, e diversos outros assuntos com ou sem algum tipo de conotação espírita.

          Portanto, a reunião espírita de moços é uma reunião espírita que tem características mais adequadas e mais interessantes à faixa etária dos jovens. Música com temática evangélico-doutrinária, temas de interesse do jovem analisados à luz da Doutrina Espírita e preferencialmente através do estudo de textos espíritas, atividades recreativas com um fundo evangélico-doutrinário explícito que permita a reflexão posterior por parte do grupo, em termos de valores morais e/ou conceitos doutrinários, são práticas comuns e até mesmo bem-vindas em uma reunião de mocidade espírita (ressalva-se que atividades mais elaboradas como o ensaio para o teatro, por exemplo, como nos recomenda Raul Teixeira, jamais deverá consumir o tempo de estudo doutrinário dos jovens. Ademais, o enredo da peça deve ser muito bem escolhido, com linguagem adequada, para que o trabalho não seja de baixo nível doutrinário, moral e artístico).

Entretanto, vale ressaltar uma vez mais, que trata-se de uma reunião espírita adaptada ao modus vivendi dos jovens, ou seja, são recursos pedagógicos apropriados ao público em questão (público jovem), sem deixar em segundo plano aquilo que é fundamental e prioritário em todas as atividades espíritas: O ENSINO DO ESPIRITISMO. Portanto, a reunião de mocidade espírita não consiste em uma reunião de jovens que em maior ou menor grau possam ter alguma discussão com conotação espírita, pois essa deve ser a diretriz básica de toda reunião espírita. A reunião de mocidade dentro da casa espírita é uma reunião de mocidade espírita e não de uma mocidade apenas espiritualista. Trata-se de diferença que pode parecer sutil mas que é verdadeiramente substancial e pode direta ou indiretamente gerar uma série de implicações negativas ao trabalho desenvolvido, tais como não equacionar questões espirituais graves vivenciadas pelos jovens e não formar novos trabalhadores espíritas para o presente e para o futuro.

         Logo, uma reunião de moços com eventual enfoque espírita pode ser, na realidade, apenas uma reunião espiritualista, e não espírita propriamente. Esse tipo de abordagem pode ser pretexto para o estudo de uma série de autores não espíritas em detrimento de autores espíritas. Portanto, aquilo que deveria ser a exceção, facilmente pode tornar-se a regra. Sem a sólida diretriz doutrinária, as atividades lúdico-pedagógicas perdem o sentido, podendo descambar para qualquer coisa, pois a ética doutrinária não está presente em uma espécie de “relativismo doutrinário” e, por consequência, de um “relativismo moral”. Além disso, as “atividades” tem sempre algo de subjetivo, implicando que a ausência de objetivo doutrinário explícito pode fazer com que os jovens concluam qualquer coisa a partir do proposta em questão ou que simplesmente não concluam nada, fazendo a mesma única e exclusivamente pelo entretenimento.

         Nesse contexto, o trabalho estará totalmente refém das ideias dos formadores de opinião presentes no grupo em questão. Se por grande golpe de sorte, o referido grupo contemplar grande número de jovens que já sejam espíritas conscientes militantes, as conotações doutrinárias podem ser conservadas minimamente, de forma indireta, através da participação efetiva dos componentes realmente convertidos ao Espiritismo, mas se esse não for o caso, o grupo será um “barco à deriva”, podendo distanciar-se muito daquilo que se espera de um grupo realmente espírita.

         Devemos lembrar que o indivíduo entra na mocidade espírita muitas vezes como um pré-adolescente, mas sai frequentemente como um adulto, e se não cuidarmos dessa formação educacional, pode acontecer de se tonar, por exemplo, um adulto que frequentou 10 anos a casa espírita e que não se tornou espírita. É claro que isso sempre pode acontecer em função do livre-arbítrio do indivíduo e das características inerentes à formação de personalidade que ocorre na juventude, mas obviamente a casa espírita deve trabalhar para que não aconteça, não sendo negligente nessa questão.

Ademais, enquanto espíritas, não podemos ignorar a possibilidade de fascinação, pois a vaidade intelectual, o personalismo e outros conflitos espirituais, tão comuns em grupos de debates, pode gerar uma certa tentação em termos de busca de originalidade, mesmo que às custas da Doutrina Espírita, e isso vale para qualquer tipo de grupo espírita, incluindo as mocidades. Outrossim, as casas espíritas costumam sofrer grandes pressões espirituais negativas, em que pese a proteção dos mentores, para que de uma forma ou de outra o trabalho e o ideal espírita possam ser lenta e gradualmente desconstruídos.

No caso da mocidade que não tenha diretrizes adequadas doutrinariamente, se, pelo menos, o grupo aceitar as inserções doutrinárias daqueles jovens e/ou participantes mais comprometidos, o andamento das atividades terá, ao menos temporariamente, significativo nível de discussão espírita. Caso contrário, os espíritas militantes tendem a ir lenta e gradualmente se afastando do grupo, por uma questão de rejeição aos seus postulados (afinidade espiritual), e o grupo tende a se afastar cada vez mais daquilo que seria um grupo verdadeiramente espírita.

         É importante frisar que a juventude não é uma fase espiritualmente tranquila de ser vivenciada. Pelo contrário, trata-se de uma das fases decisivas para a formação do caráter e consequentemente para o sucesso reencarnatório do Espírito reencarnante. Conflitos sociais, pessoais, educacionais, afetivos, familiares, sexuais, entre outros, são comuns aos jovens, e, obviamente, o apoio doutrinário que a casa espírita pode fornecer é de fundamental importância para o crescimento espiritual e consequentemente para a superação dos problemas existenciais por parte dos moços.

         Abster-se de fornecer o conteúdo doutrinário em uma reunião ou evento destinado a esse fim, isto é, rotulado como espírita, trata-se de grave responsabilidade por parte daqueles que abraçam diretrizes “semi-espíritas”, sob o rótulo de “espíritas”.

         Além disso, com tal negligência não estaremos auxiliando os jovens com os melhores recursos, aqueles disponibilizados pelo Espiritismo, para remontar às causas de seus conflitos procurando minimizá-los. E muito menos formando novos trabalhadores espíritas para o presente e o futuro do movimento espírita.


         Emmanuel afirma que “a maior caridade que podemos fazer pela doutrina espírita é a sua divulgação”, o que sugere fortemente que devamos ser coerentes com o título “espírita” que utilizamos e com o título “espírita” das instituições e eventos dos quais participamos. O próprio Mestre Jesus trabalhou com alguns jovens, na condição de Apóstolos de sua mensagem. Dessa forma, “vigiemos” para que o centro espírita seja realmente “A Universidade da Alma” para todas as suas classes e faixas etárias, incluindo as mocidades espíritas, uma classe muito importante para a construção do trabalho espírita do presente e do futuro visando à divulgação do “Consolador” prometido por Jesus.

Leonardo Marmo Moreira

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Divaldo Franco e o Suicídio de sua irmã Nair

                Divaldo Pereira Franco já contou em várias oportunidades, inclusive em um dos famosos “Encontros Fraternos com Divaldo Franco” em Santo André – SP, na Creche Amélia Rodrigues, a experiência dolorosa de sua irmã, Nair, que cometeu suicídio quando Divaldo Franco ainda estava na infância.
                Segundo Divaldo, naqueles tempos, Nair erra o arrimo econômico da família. Com boa situação econômica, Nair era o apoio material de todos e sempre prometia a Divaldo que ele poderia desenvolver a carreira que desejasse porque ela o ajudaria com os custos dos estudos. Divaldo, então católico, respondia que pretendia ser “padre ou médico”, ao que Nair respondia que poderia ser os dois, pois poderia fazer medicina e depois tornar-se médico ou estudar para padre e depois fazer medicina. De fato, era uma irmã muito carinhosa com Di, apelido com o qual Divaldo era chamada na intimidade do lar.
                Entretanto, por problemas conjugais que repercutiram em intenso ciúme, Nair cometera suicídio ingerindo veneno. Segundo Divaldo, tal episódio geraria um doloroso impacto em toda a sua vida e desde essa época Divaldo orava intensamente por Nair.
                Ao atingir catorze anos, Divaldo Franco torna-se espírita, começando seus estudos doutrinários. Posteriormente, funda, com alguns colegas, o centro espírita “Caminho da Redenção” e, a seguir, a “Mansão do Caminho”, obra assistencial associada ao Centro Espírita “Caminho da Redenção”.
                Contudo, Divaldo continuava com a impressão de que fazia pouco pela irmã, apesar de orar intensamente por ela há muitos anos. Foi então que Divaldo conversou com um seu irmão que era delegado de polícia. Divaldo perguntou ao irmão qual era a situação mais dolorosa que ele presenciava na sua tarefa profissional como delegado. A resposta foi impactante. Segundo o irmão delegado, as situações mais dolorosas eram aquelas vivenciadas por crianças que eram filhas de mulheres vinculadas à prostituição. Tais crianças tinham que permanecer em ambientes terríveis, muitas vezes nos próprios lupanares, escondidas e mantidas em silêncio em uma situação de profunda tragédia moral. Divaldo afirma que seu irmão que muito raramente se emocionava, respondera a essa pergunta com lágrimas nos olhos.
                Foi nesse momento que Divaldo teve a inspiração/intuição e decidiu auxiliar essas crianças em homenagem a Nair. Divaldo pede a autorização das mães, que em esmagadora maioria concordam com a solicitação (algumas, antes mesmo de Divaldo tocar no assunto, já comentavam que sonhavam em um futuro diferente para seus filhos). Houve até algumas que pediram para que Divaldo as levasse juntas dos filhos para a “Mansão do Caminho”. E muitas crianças foram auxiliadas e Divaldo desenvolveu esse trabalho homenageando Nair.
                Quando a mãe de Divaldo estava desencarnando, no ano de 1972, o Espírito de Nair estava junto à cama que mantinha Dona Ana. Após ligeira melhora depois de longo coma, na chamada pré-morte (ou “melhora da morte”), Dona Ana acorda e diz a Divaldo que Nair estava ali, com ela e que mandava dizer a Divaldo que as suas lágrimas só eram apaziguadas pelo amor direcionado às crianças em homenagem a ela, Nair.  Nair também disser que estava se preparando para reencarnar e que, assim que Dona Ana desencarnasse, utilizaria da ajuda da mãe para acentuar a preparação, já que, como ex-suicida, estava muito necessitada da reencarnação.
                Divaldo conclui a narrativa afirmando que Nair já se encontra reencarnada.

                Além disso, o admirável médium e orador espírita baiano sugere a todos nós que façamos como ele fez, sobretudo, quando a saudade de um ser que amamos muito e que já desencarnou apertar nossos corações. Assim, sugere Divaldo, façamos o bem e ofereçamos essa bondade a esse ser a quem tanto amamos, porque os chamados “mortos” vivem, e estão esperando por nós. Essa bondade atingirá a esfera de lutas desses companheiros de maneira tão intensa que mesmo aqueles que estão em situação espiritual difícil, como era o caso de Nair, receberão muita ternura e paz a partir destes gestos de bondade.

Leonardo Marmo Moreira

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Chico Xavier: Ser Médium!

                Certa vez perguntaram a Chico Xavier:
                _ O que você mais gosta na vida, Chico?
                _ Ser médium.
                _ E o que você vai fazer depois de desencarnar?
                _ Ser médium.
                _ E para onde você vai depois de desencarnar, Chico?
                _ Vou para o CEU!
                _ E você poderia levar-nos também?
                _ Não sei se posso, mas se Deus permitir, poderia levá-los....
                _ Para o céu?!
                _ Sim. Para o CEU. Mas, CEU, neste caso, é uma sigla, que representa as iniciais de Centro Espírita Umbral.
                Com o seu tradicional bom humor, Chico provavelmente estava sugerindo que as tarefas que realizamos enquanto encarnado constituem a base para as nossas tarefas na futura experiência entre as encarnações (o chamado “período de intermissão”). De fato, isso foi descrito por André Luiz, sobretudo em “Os Mensageiros”, em várias oportunidades.

Pode-se inferir, igualmente, que não devemos ter grandes aspirações no que concerne a experiências tanto na vida física como no mundo espiritual. A simplicidade em relação ao nosso modo de vida seria, nesse contexto, uma estratégia interessante em busca de nosso crescimento em termos de espiritualidade. Além disso, tal afirmativa sugere que devamos valorizar mais as nossas tarefas dentro da Casa Espírita, o que, infelizmente, nem sempre tem ocorrido nos dias atuais. 

Leonardo Marmo Moreira

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

As Seis Fases do Espiritismo

                Allan Kardec dividiu a evolução do movimento espírita em fases, de acordo com a atividade dos seus próprios adeptos assim como a repercussão social da atuação espírita.

                O primeiro período foi o da curiosidade, no qual predominou os questionamentos superficiais direcionados a médiuns e doutrinadores.

                O segundo período é chamado de filosófico porque representa o aprofundamento dos questionamentos por parte dos adeptos, envolvendo diversas áreas do conhecimento, inclusive as questões ancestrais da filosofia: O que sou eu? Quem sou eu? De onde eu vim? Para onde eu vou? Qual a finalidade da vida na terra? Por que sofremos? Entre outros questionamentos.

                O terceiro período foi denominado “período de lutas”, uma vez que a oposição à doutrina e até mesmo o preconceito religioso atingiram níveis trágicos simbolizados, basicamente, pelo chamado “Auto-de-fé de Barcelona”. De fato, perseguições “políticas” foram perpetradas contra os espíritas em diversos países, exigindo dos adeptos do Espiritismo ideal superior e grande coragem.

                Representado fundamentalmente pela obra “O Evangelho segundo o Espiritismo”, o quarto período é chamado de “período religioso” porque representa a volta de Jesus à Terra.

                O quinto período não foi denominado pelo Codificador, que deixou para que os estudiosos do futuro intitulassem tal fase. Divaldo Pereira Franco sugere o nome “Período da Investigação Científica”, uma vez que diversos acadêmicos passaram a pesquisar a questão espiritual sob variados ângulos, objetivando evidências incontestáveis da imortalidade da alma.

                O sexto e último período será o da “renovação social” e representará a repercussão efetiva do conhecimento espírita na melhoria do comportamento de nossa sociedade. De fato, na opinião de Divaldo Franco, o período da renovação social já teria iniciado em suas etapas iniciais e cabe a nós, espíritas, acelerar esse processo através, em primeiro lugar da transformação moral individual de cada um de nós.


                Melhorando intelecto-moralmente a nós mesmos, a partir da vivência dos postulados espíritas, induziremos a melhoria dos nossos irmãos mais próximos a nós e, consequentemente, estaremos atuando ativamente para melhorar toda a humanidade, ou seja, estaremos sendo membros ativos para a “renovação social” efetuada pelo Espiritismo.