O
livre-arbítrio é alicerce da Lei de Deus. E todos os caminhos consagrados ao
bem são igualmente abençoados pela Providência Divina. Desta forma, todos os nossos
esforços efetivos na procura e na construção do bem são inspirados por nossos mentores
espirituais. Todas iniciativas são bem-vindas, pois caracterizam facetas da Lei
Geral que é o Bem.
Assim sendo,
mesmo quando os nossos mentores espirituais não acham o nosso projeto no bem o
mais adequado para determinado contexto, eles consideram a possibilidade,
respeitando o nosso livre-arbítrio e a nossa iniciativa de buscar tarefas
positivas para nós mesmos e para nossos irmãos.
O bom senso
deve sempre guiar tais iniciativas para que não nos percamos em projetos
inapropriados. De qualquer maneira, se estamos focados no bem, nossos amigos
terão paciência, amor e consideração por nossas idealizações.
Isso ocorreu
na obra de Emmanuel “Renúncia”. Logo nas primeiras páginas percebemos os
mentores tentando dissuadir, embora respeitosamente, o nobre Espírito de
Alcíone de suas intenções focadas em uma possível reencarnação por amor a um
grupo de Espíritos familiares. Consideravam o risco da empreitada e também o
fato de, pessoalmente, Alcíone não necessitar de nova experiência daquele tipo.
Todavia, prevaleceu a intenção de Alcíone e ela reencarnou por “renúncia” e,
apesar de todos os perigos, alcançou grande vitória espiritual.
Obviamente,
assumir riscos para fazer o bem, contra o opinião de mentores espirituais,
constitui atitude que requer muita segurança pessoal, e não deve ser tida
necessariamente como regra de conduta. O ideal seria tentar conciliar, na
medida do possível, o orientação dos Espíritos mais experientes com nossos
projetos no bem, mesmo admitindo, conforme ocorreu com Alcíone, a possibilidade
de exceções serem bem-sucedidas.
Que nós
tenhamos o bem sempre por base de tudo o que fazemos, desde nossas intenções
mais profundas até a constituição dos projetos propriamente ditos. Assim, as
tarefas por nós elaboradas serão equilibradas entre o bom senso e o amor. Como
disse Jesus: “É necessário a pureza das pombas e a perspicácia das serpentes”.
Leonardo Marmo Moreira
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