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quarta-feira, 7 de maio de 2014

Evolução Individual e Evolução Coletiva: Analisando as chamadas “fases de viradas espirituais”

                O Espírito é imortal e jamais regride espiritualmente, podendo apenas estacionar evolutivamente por um período mais ou menos longo, a depender do apego à matéria, do comodismo evolutivo, da ausência de auto-conhecimento, entre outras limitações do educando em questão.

                Podemos inferir, portanto, que, com significativas exceções, que são os Espíritos que permanecem basicamente estacionados, ao avaliarmos a evolução espiritual de indivíduos dentro de um espaço de tempo relativamente grande, a tendência é que um razoável número de Espíritos tenham avançado de forma significativa. O quão representativo seria esse avanço é muito variável, pois depende do esforço individual, isto é, da aplicação de todas as potencialidades inerentes ao Espírito nesse objetivo previamente estabelecido por meio do uso do livre-arbítrio.

                A discussão proposta acima diz respeito, obviamente, ao mecanismo de cada evolução individual, que já consiste em processo altamente complexo, considerando os diferentes focos de evolução que a personalidade é desafiada a atingir em cada encarnação. Por outro lado, quando analisamos a evolução de uma coletividade, a questão torna-se ainda mais complexa, pois “a cada um é dado conforme suas obras” e ninguém consegue impor ao outro os seus próprios valores e diretrizes de comportamento, pois o livre-arbítrio é base da Lei de Deus. Considerando coletividades volumosas, como a população da Terra com um todo, a questão assume complexidades elevadas, em termos de previsão de processo evolução, o qual depende da decisão individual de cada Espírito.

                De qualquer maneira, pelo andamento dos grupos sociais, é possível a elaboração de uma avaliação da tendência de evolução moral geral das coletividades através de estudos sobre suas leis, usos, costumes e valores assim como o ritmo de evolução dos mesmos.

                Desta forma, somos cobrados pela própria consciência pela nossa evolução individual propriamente dita bem como pela nossa contribuição para com a evolução dos grupos dos quais fazemos parte.

                Assim sendo, como Espíritas sabemos que o mundo vai melhorar a partir da nossa melhoria individual e do nosso esforço ativo para contribuir direta e indiretamente para o surgimento de oportunidades evolutivas para nossos irmãos, através do que chamamos “amor dinâmico”, isto é, “amor em ação”, conforme definição de nosso confrade José Raul Teixeira.

                Apesar de ser válida a avaliação do andamento das coletividades rumo ao crescimento espiritual, até porque nossa programação reencarnatória inclui trabalhos em parceria com nossos irmãos, observamos, frequentemente, questões, até certo ponto, “excêntricas” que retornam à preocupação dos Espíritas, tais como “datas de mudança” ou “fases de viradas espirituais”.


                Uma certa preocupação com o andamento da evolução de uma coletividade é compreensível e até recomendável, mas exagerar essa preocupação na expectativa por um “ano específico de virada espiritual”, além de contraproducente, pois a evolução parte da nossa transformação individual e das decisões da Providência divina, não é algo com grande respaldo doutrinário, porque tais previsões estão sujeitas a modificações, em função das ações de cada um de nós. Além disso, quando exagerada, esse foco denota imaturidade espiritual, porque de uma forma ou de outra, sempre recebemos aquilo que plantamos, pela Lei de Causa e Efeito, e, além disso, Deus é amor e misericórdia, nos proporcionando o melhor dentro de nossas possibilidades de evolução. Assim sendo, se estamos realmente preocupados com a evolução espiritual da coletividade, maior cota de esforço individual devemos dedicar tanto no que se refere à nossa própria elevação, como em relação à elevação dos grupos que estamos associados. E Deus que é “soberanamente justo e bom” saberá nos proporcionar oportunidades evolutivas ótimas, de acordo com o nosso esforço e aproveitamento no campo do bem.

Leonardo Marmo Moreira

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