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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Evolução Anímica: Determinismo Divino ou Esforço Evolutivo do Princípio Inteligente?

Recentemente, um querido amigo levantou algumas questões a respeito da evolução do princípio espiritual, ou seja, concernentes à evolução do princípio inteligente:

Em que momento e em que contexto ocorre o processo de individualização do princípio inteligente? Podemos considerar esse processo como evolução do princípio inteligente ou o mesmo ocorre em função do Determinismo Divino?

Começando pela segunda parte, temos que frisar para o nosso amigo que a Evolução Espiritual faz parte do Determinismo Divino. Não há nenhuma contradição entre os dois conceitos. Desta forma, o processo de individualização do princípio inteligente é igualmente evolução do princípio inteligente e também ocorre em função do Determinismo Divino. Assim sendo, a Evolução Espiritual não constitui ideia oposta ao Determinismo Divino. Pelo contrário, somente evoluímos porque Deus assim o deseja. Acontece que nos primórdios da evolução anímica tal processo acontece sem espaço para o livre-arbítrio do princípio inteligente, implicando que os automatismos naturais funcionam de forma muito lenta e gradual, porém sem margem para grandes variações individuais de intensidade evolutiva, que é o que acontece na fase hominal da evolução. De fato, como seres conscientes, nós, Espíritos na fase hominal, podemos acelerar ou atrasar nosso processo evolutivo, dependendo dos pensamentos, escolhas, esforços e atitudes, os quais podem significar melhor ou pior aproveitamento do tempo e das experiências. Esse nível de consciência não existe nas fases iniciais do processo evolutivo, fazendo com que a evolução seja mais lenta, porém ocorra de forma mais contínua, sem estar sujeita a grandes acidentes de percurso, como ocorre na fase hominal, em função da liberdade de escolha individual. 

 Sobre a primeira parte da pergunta, essa é uma questão muito difícil, porém, poderíamos conjecturar, com base nos capítulos 3 (Evolução e Corpo Espiritual - itens "primórdios da vida"; "nascimento do reino vegetal" e "formação das algas") e 10 ("Palavra e responsabilidade") da obra de André Luiz, "Evolução em Dois Mundos", que desde a formação do vírus, estrutura viva mais elementar que a célula, o processo de individualização já iniciou e que o mesmo vai se acentuando e ganhando maior delineamento em outras manifestações da vida, como bactérias, algas e vegetais. Assim, no reino animal, a individualização já é um fato consumado, com o princípio inteligente partindo para outras aquisições, tais como, o pensamento contínuo, os sentimentos mais elaborados, a memória, a noção de família e comunidade etc.
 
Leonardo Marmo Moreira

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